Continuam as polémicas à volta da concelhia do Partido Socialista de Macedo de Cavaleiros.
Depois da, a semana passada, Pedro Mascarenhas se ter demitido do cargo de presidente da referida concelhia e dos pelouros de vereação da autarquia que possuía, agora Acácio Espírito Santo, deputado do mesmo partido na assembleia municipal, acusa o presidente da mesa da Comissão Política Concelhia do PS de Macedo de injustamente não o ter deixado assistir a uma reunião política do partido.
Num comunicado enviado à redação da Onda Livre, o deputado socialista na assembleia municipal de Macedo de Cavaleiros, Acácio Espírito Santo, acusa o presidente da mesa da comissão política concelhia, Fernando Castanheira Pinto, de o ter intimado a abandonar uma reunião política que decorreu segunda-feira na sede do partido, com a justificação de que “a sua pessoa não lhe teria dirigido qualquer convite para a referida reunião” que se tratava de um plenário de militantes.
Apesar de ter abandonado a sala, Acácio Espírito Santo diz ter, posteriormente, consultado os estatutos do partido, nos quais diz não existir a formalização de um “convite” exclusivo a militantes, e sim do cumprimento da formalidade da convocatória, acrescentando que os referidos estatutos “determinam a realização de reuniões com os autarcas socialistas do concelho”, onde se inclui.
Na mesma nota, Acácio Espírito Santo refere ainda que considera que a sua expulsão se deveu ao facto de saberem que “teria coragem” para apontar o dedo à “ausência do compromisso ético” que diz ter verificado “em alguns, face ao presidente da concelhia e não só” e porque iria criticar “o dito por não dito, de que uns não queriam ser candidatos se outros fossem”.
Questionado sobre esta posição, o presidente da mesa, Fernando Castanheira Pinto confirmou que pediu a Acácio Espírito Santo para se retirar.
Sem prestar declarações gravadas, justificou que se tratava de uma reunião da Comissão Política Concelhia que convocou como presidente da mesa, face aos últimos acontecimentos do partido, nomeadamente as demissões de Pedro Mascarenhas, tanto do cargo de presidente da concelhia como dos pelouros de vereador do executivo, para a qual foram apenas convidados os militantes, o que, segundo ele, Acácio Espírito Santo não é.
Referiu ainda que as regras e estatutos do partido têm de ser cumpridos, e termina dizendo que “não dá qualquer relevância a este assunto”.
No mesmo comunicado, Acácio Espírito Santo refere ainda que “há uma semana atrás esteve presente e interveio numa reunião que entendeu como da comissão política” na qual diz “ter chamado à atenção dos presentes para aquilo que considerava um comportamento antiético de alguns membros da concelhia do Partido Socialista e outros membros externos” considerando que “no seu conjunto, existia a intenção escondida de pressionar o atual presidente da Comissão Política Concelhia – Pedro Mascarenhas – a abandonar o cargo e não só, de modo a que Benjamim Rodrigues aceitasse ser candidato a presidente da concelhia”.
Contactado, Benjamim Rodrigues disse apenas que enquanto amigo do Acácio Espírito Santo não iria tecer qualquer comentário.
Recorde-se que, na última reunião de assembleia municipal de Macedo de Cavaleiros, Acácio Espírito Santo votou contra o orçamento proposto pelo executivo municipal para o ano de 2020 por considerar ter ausente um plano prioritário de investimento e de desenvolvimento económico.
Leia o comunicado na íntegra aqui.
Escrito por ONDA LIVRE