Continua hoje o julgamento do caso Giovani, em Bragança. Na segunda sessão, esta manhã, foi dado a conhecer que o corrimão das escadas onde Giovani terá caído foi removido, na segunda-feira, e está no estaleiro da empresa que está a intervencionar aquelas escadas. Esta remoção deve-se à intervenção que está a ser feita na Avenida Sá Carneiro.
O advogado Ricardo Vara Cavaleiro fez um requerimento ao tribunal, pedindo que o corrimão seja recolocado e que os primeiros 40 degraus não sejam intervencionados, para já. A defesa considera que as escadas e o corrimão são um meio de prova, isto porque vão sustentar a tese de que foi essa queda que levou ao desfecho fatal para o jovem:
“Estão a decorrer obras na escadaria da travessa dos negrilhos, que fizeram com que fosse removido o corrimão central daquelas escadas e parte dos degraus dessas escadas, na parte da avenida. Apresentámos um requerimento porque consta dos elementos do processo que a vítima terá caído nessas escadas. Solicitámos, como meio de prova, a reconstituição do facto que só é possível fazer essa reconstituição com os elementos tão fiéis quanto possível daqueles que existiam à data dos factos.”
O colectivo de juízes deferiu este requerimento mas, para já, não se pronunciou sobre se será ou não realizada uma reconstituição do que aconteceu, naquela noite, nas escadas em causa:
“O colectivo aceitou a bem da justiça, sem se pronunciar desde já quanto à pertinência ou não da reconstituição, mas se ela vier a ser deferida, determinada, o colectivo quer que se mantenha o tão fiel quanto possível os elementos que existiam à data.”
O tribunal vai solicitar à câmara de Bragança que as obras sejam suspensas até ordem em contrário.
Também esta manhã, na sessão realizada no Nerba, foi ouvido mais um dos arguidos, o terceiro a prestar declarações. Carlos Rebelo Luís negou ter participado nas agressões. Agora, de tarde, o julgamento continua, servindo para ouvir um quarto arguido, Bruno Coutinho.
INFORMAÇÃO e FOTO CIR (Rádio Brigantia)