A Câmara Municipal de Torre de Moncorvo embargou os trabalhos de construção de um futuro centro de compostagem de bagaço de azeitona, que uma empresa privada pretendia implementar num terreno localizado na freguesia de Carviçais, no concelho de Torre de Moncorvo. O embargo foi efetuado na passada quinta-feira.
A unidade, que o investidor garante ser ambientalmente sustentável, ficaria situada a cerca de mil metros abaixo da Barragem de Vale Ferreiros. Os trabalhos chegaram a iniciar-se, mas foram suspensos por decisão da autarquia.
O projeto tem gerado forte contestação por parte da população local, que teme impactos ambientais negativos. No entanto, o proprietário da empresa, Manuel Massa, assegura que a central não representa qualquer risco e que o embargo da câmara é ilegal, anunciando a intenção de contestar judicialmente a decisão:
Segundo o empresário, o Município baseou-se em prazos incorretos e em pareceres fora de tempo, nomeadamente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que, segundo afirma, omite as regras aplicáveis à compostagem.
Manuel Massa explica que a unidade visa transformar resíduos orgânicos em composto natural, um fertilizante ecológico rico em nutrientes, e sublinha que o processo não gera poluição:
Adianta ainda que o projeto prevê a construção de tanques impermeáveis para evitar a contaminação do solo:
O investimento, avaliado em meio milhão de euros, é considerado estratégico pelo promotor, que diz sentir-se injustiçado e alvo de ataques pessoais nas redes sociais, devido à oposição ao projeto:
O empresário acusa ainda a autarquia de bloquear a assinatura de uma escritura de terreno, prevista desde fevereiro deste ano, e que, segundo afirma, ainda não foi concretizada.
Alguns habitantes de Carviçais, local onde se localiza o terreno conhecido como “Panasqueira”, manifestaram igualmente as suas opiniões sobre o projeto:
Opiniões de Cassiano Lopes, Adélia Salgado, Manuel Cordeiro e Simão Salvador.
A Rádio Onda Livre tentou obter esclarecimentos junto do presidente da Câmara de Torre de Moncorvo e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), mas não obteve resposta até ao fecho desta ediçã

