Em dia de greve geral, a repartição de Finanças de Macedo de Cavaleiros está de portas fechadas.
Apesar de não ser significativa e não estar a afetar o funcionamento da maioria das repartições públicas, os sete funcionários das finanças decidiram fazer gazeta.
Também as Finanças de Bragança e Vimioso estão encerradas ao público em consequência da greve geral, e outras funcionam a meio gás, nomeadamente as repartições de Torre de Moncorvo, onde a adesão foi de 40%, e a de Miranda do Douro, com 33% de paralisação.
Em Macedo de Cavaleiros, o Tribunal, e os serviços da Segurança Social estão a funcionar em pleno, assim como a Caixa Geral de Depósitos.
Na Câmara Municipal, dos 281 funcionários, uma dezena não abdicaram do direito à greve e não foram trabalhar e nos Correios dois funcionários não picaram o ponto.
Pelo Agrupamento de Escolas a greve não afetou o normal funcionamento escolar.
No Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres a adesão foi de cem por cento.
Nas câmaras municipais do distrito, os efeitos da greve também se fazem sentir.
A secção administrativa da câmara de Alfândega da Fé encerrou, bem como os Paços do Concelho de Torre de Moncorvo. Os armazéns da Câmara de Mirandela também encerraram, tal como as oficinas; nos sectores de Obras e Águas a adesão é de 83%.
Na câmara de Bragança, a adesão à greve levou à interrupção dos autocarros em duas linhas rurais, deixando várias aldeias sem transportes públicos.
No Tribunal de Bragança, apenas uma funcionária compareceu ao serviço.
No que respeita à saúde, a adesão à greve geral desta quinta-feira foi significativa.
Durante o turno da noite a adesão dos enfermeiros nos hospitais de Bragança e Mirandela atingiu os 100%, já no turno da manhã ficou pelos 83%. Em Mirandela no serviço de Cirurgia a adesão é de 100% e na consulta externa de 95%.
O Centro de Saúde de Vinhas está com paralisação total e em Moncorvo a greve dos enfermeiros ronda os 75 por cento.
Refira-se que, a greve geral marcada pela CGTP e UGT, realiza-se cerca de sete meses depois de uma paralisação idêntica, também motivada pelo agravamento da austeridade e pela mudança de políticas sociais e económicas, mas não exige a mudança de Governo.
A greve geral que a UGT e a CGTP fizeram a 24 de novembro de 2011 foi a segunda conjunta das duas centrais sindicais e a sétima greve geral realizada em Portugal depois da revolução de abril de 1974.
A primeira greve geral nacional realizou-se em Portugal em janeiro de 1912 em defesa de melhores salários.
Escrito por Onda Livre