Projeto de jovem agricultor transmontano continua a crescer: Investidores estrangeiros já visitaram a região

Dentro de algumas semanas, vai começar a produzir-se no concelho de Macedo de Cavaleiros para exportar para Inglaterra e Holanda.

Um projeto da responsabilidade de Nuno Rodrigues, jovem agricultor de 31 anos. Há quatro anos, começou uma exploração em Pinela, no concelho de Bragança, de morangos e mirtilos, até que surgiu a oportunidade de exportar hortícolas e fruta para o estrangeiro.

Nuno Rodrigues revela que tem plantações em propriedades no Vale da Vilariça, mas que são hectares insuficientes para cobrir a procura. Por isso, desafiou os agricultores da região para plantarem consigo, com a certeza de que vão poder escoar o produto, e tem visitado a região juntamente com os investidores. Por estes dias, têm estado por Macedo de Cavaleiros.

“Temos candidatos em Lamas (concelho de Macedo), que já apresentaram candidatura, e onde brevemente será entregue a cultura que vai produzir. Uma vez que garantimos o escoamento, indicamos a produção que desejamos.

Há mais pessoas inscritas, que, por falta de tempo, por causa de todas estas visitas. O que é certo é que nas próximas semanas vamos entregar culturas, para começar a plantar os campos.”

Este sábado, Nuno Rodrigues vai estar na aldeia de Arcas, no mesmo concelho, para conversar com os produtores que integram uma associação local.

Mas, há mais concelhos envolvidos, como Mirandela e Bragança, e até uma rede que já se está a estender por todo o país, com a possibilidade de exportar outros produtos que não existem de forma abundante na região.

O jovem diz sentir que está a dinamizar a região no setor, tal o sucesso da iniciativa, que já não consegue dar conta do recado sozinho.

“Neste momento, estamos em entrevistas para contratar uma pessoa para me apoiar, porque neste momento começa a ser demasiado só para mim.”

Ambos os investidores estão ligados a grandes cadeias de distribuição, e por isso os produtos do nordeste transmontano vão estar a circular por toda a Europa. E se o investidor inglês, com origens portuguesas, já conhecia a região, para o investidor holandês foi uma descoberta.

“Foi uma surpresa. Desde do primeiro minuto em, que lhe apresentamos este projeto, ele ficou interessado.

Podemos dizer agora que está maravilhado com a nossa região.”

Numa primeira fase, para as culturas estivais, Nuno Rodrigues prevê que sejam plantados 40 hectares pelo distrito. Um número que pode duplicar nas culturas de inverno. Este projeto, acrescenta ainda o jovem, pode vir gerar algumas centenas de milhares de euros.

Escrito por ONDA LIVRE