Se o helicóptero de socorro do INEM não saiu de Macedo de Cavaleiros, deve-se à luta da população.
É a opinião de Filipe Costa, da Direção da Organização Regional de Bragança do Partido Comunista Português, que afirma ainda que os políticos da região não podem ficar isentados de culpa.
“Acho que a não saída do heli de Macedo se deve, essencialmente, à luta das populações, que se bateram pela manutenção do serviço. Até porque é a melhor localização, tendo em conta que serve todo o distrito.
Isto é um processo que se arrasta desde o governo de José Sócrates e do partido socialista. É preciso também não esquecer a responsabilidade dos autarcas da região, que, de forma conivente, assinaram o encerramento de serviços públicos, nomeadamente o atendimento noturno, para garantir o helicóptero.”
É que, acrescenta ainda Filipe Costa, a posição de alguns desses políticos nem sempre foi clara.
“Enquanto era o governo de Sócrates, achava-se inaceitável a retirada do helicóptero. Mas nessa altura, o deputado pela região, Adão Silva, chegou a dizer aqui em Macedo que estava de acordo com a saída.
Depois disso, já ouvimos, num debate das legislativas, o cabeça de lista pelo partido socialista, Jorge Gomes, achava inacreditável que Adão Silva dissesse que o heli se poderia manter onde está. Jorge Gomes também perguntou o porquê de, se o PSD tem tanta certeza que o serviço é para ficar, então por que é que o INEM, tutelado pelo governo, não retirava o recurso da providência cautelar.”
O Partido Comunista que promete estar atento à situação do helicóptero do INEM, estacionado em Macedo de Cavaleiros, e que é o que mais voos de socorro faz no país.
De relembrar ainda que no início deste mês o ministro da saúde, Adalberto Campos Fernandes, reafirmou que o helicóptero fica onde está, sem no entanto referir o que acontece ao recurso que corre desde outubro no Tribunal Administrativo do Norte, feito pelo INEM, para o reposicionamento do serviço.
Escrito por ONDA LIVRE


