Foi ontem inaugurada a Praça dos Combatentes, em Macedo de Cavaleiros.
O espaço é uma homenagem aos homens do concelho, 45 no total, que perderam a vida durante a 1ª Guerra Mundial e do Ultramar, e ocupa o lugar o antigo cemitério na cidade, junto à Avenida D. Nuno Álvares Pereira.
Fica a memória, e a certeza de um passado que não se quer repetido, nas palavras do Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.
“A memória serve para o passado, para o presente e para o futuro.
Serve para relembrar os que morreram nas lutas em que Portugal entrou, mas também serve para pensarmos que não queremos ter guerras.”
A nova praça custou 135 mil euros. Aquando do anúncio do local da construção, surgiram outras ideias para o espaço. A obra foi avante, e Duarte Moreno, presidente do município, considera que o lugar e a cidade saem dignificados.
“A política também é fazermos coisas que outros não fariam, ou que fariam de maneira diferente. Aa decisões políticas são desta forma. Com esta decisão, penso que o local saiu dignificado, assim como a cidade, neste homenagem aos nossos mortos.”
A inauguração coincidiu com o 5º aniversário do Núcleo da Liga dos Combatentes de Macedo de Cavaleiros, como, de resto, tinha sido antecipado no ano passado.
Dentro dos timings estabelecidos, António Baptista, presidente do Núcleo, lembra que era uma homenagem pedida, justamente, há 5 anos.
“Quando o Núcleo de Macedo de Cavaleiros, eu disse que era ‘um lugar santo para um monumento santo’.
Agora está concluído.”
Apesar de não ser da sua jurisdição, Jorge Gomes admite que, atualmente, as ajudas aos ex-combatentes possa não ser o necessário, mas também não deve haver um tratamento diferenciado.
“Sim, admito que sim, assim como muitos outros portugueses passarão dificuldades, independentemente de serem combatentes ou não.
Não pode haver um tratamento diferenciado, apesar de haverem alguns benefícios para o combatentes. Se há quem viva nessas dificuldade, não é desejamos, e todos temos que ser solidários.”
A Liga dos Combatentes apoiou no ano passado mais de 12 mil pessoas, segundo Chito Rodrigues, presidente da secção nacional. O apoio do Estado não é o desejado, apesar de a Liga não estar dependente disso.
“Claro que o apoio do Estado, através do Ministério da Defesa, não é suficiente para satisfazer as necessidades que temos.
Mas, a Liga dos Combatentes, desde a sua criação na 1ª Grande Guerra, em 1923, até hoje, viveu sempre em crise. Portanto, a crise é um termo do dia a dia. Vivemos sempre em crise, e vencemos sempre. Há que ter otimismo.”
Declarações à margem da inauguração da Praça dos Combatentes, em Macedo de Cavaleiros. . O design ficou a cargo dos profissinais da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes
Por todo o país, há 400 monumentos em homenagem aos ex-combatentes.
Escrito por ONDA LIVRE


