António Marçôa deve abandonar cargo na ULS Nordeste em breve

As mudanças em alguns cargos político-administrativos devem avançar em breve, segundo as estruturas do Partido Socialista. Ainda este mês, o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste, António Marçôa, deverá ser substituído por Carlos Vaz, que já foi administrador do Hospital de Bragança e que preside, actualmente, ao conselho de administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, em Penafiel. Ao que conseguimos apurar, Marçôa deverá ir de férias já na próxima semana e não deve regressar à instituição.

Ainda ontem o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes admitiu que “haverá uma alteração muito rapidamente na ULS”, frisando que “o governo tomou posse sem ter a preocupação de demitir ninguém”.

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“No Hospital admito que muito rapidamente haja uma alteração.

Nos outros serviços, como já foi bem perceptível, este Governo tomou pose sem preocupação nenhuma em demitir ninguém. E as indicações do próprio Primeiro-Ministro foi de não demitir ninguém pelo simples facto político.”

Declarações à margem da iniciativa “Prestar Contas aos portugueses”, que decorreu em todos os distritos para fazer um balanço destes seis meses de governo e ouvir militantes e que, em Bragança, contou com a presença de Jorge Gomes.

Neste Encontro, o secretário de Estado, foi confrontado com o facto de alguns militantes terem já manifestado o seu desagrado por Manuel Cardoso, líder distrital de Bragança do CDS-PP, se manter, desde a anterior legislatura, como director regional de Agricultura e Pescas do Norte. Jorge Gomes frisou que não tem responsabilidades nesse assunto nem o poder central “tem qualquer preocupação nesse campo” mas considera legitimo que haja quem questione essa situação.

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“Eu admito que sim, e eu próprio sinto que um diretor regional que é líder de uma comissão política distrital de um partido, das 9h às 17h pode fazer o que o Governo manda, e no resto do tempo pode fazer política partidária.”

Já o presidente da Federação Distrital de Bragança do PS, Carlos Guerra, que também marcou presença no encontro, admitiu que “há um desagrado em relação a esse assunto”.

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“Não se pode ser apoiante da Gerigonça,e depois dizer mal durante a noite.

Na Federação do Partido Socialista há desagrado com essa situação, mas é algo a ser tratado dentro das estruturas do partido, o mais rapidamente possível.

Represento o partido e não o Governo. E, como tal, entendo que o senhor diretor regional, ao passo de outros dirigentes que ocupam cargos de nomeação política, já deveriam ter sido substituídos, e que o próprio diretor regional já se deveria ter demitido, em nome da decência política.”

A iniciativa “Prestar Contas aos portugueses”, que serviu para debater as políticas que o governo tem levado a cabo, abordando ainda a questão das sanções que Bruxelas poderá aplicar a Portugal,  decorreu ontem na sede da Associação comercial, Industrial e de Serviços de Bragança.

Informação CIR (Rádio Brigantia)