Freddie Mercury completava hoje 70 anos

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Farrokh Bulsara, ou, conhecido pelo mundo inteiro por Freddie Mercury, nasceu a 5 de setembro de 1946 em Zanzibar, na Tanzânia.

Dono de uma vida mediática e célebre, Freddie foi considerado por muitos como a maior voz do Rock e a crítica apontou-o mesmo como o melhor cantor de todos os tempos.

Fundador e vocalista da banda Queen, uma das maiores bandas de rock britânicas do mundo, Freddie apaixonou-se pela música muito cedo. Aos 8 anos começou a ter aulas de piano na Índia, país onde realizou os estudos, sendo nessa altura muito influenciado pela cantora popular da cidade onde morada, Lata Mangeshkar.

Quatro anos depois, Mercury, ou, nesta altura, Bulsara, montou uma banda chamada The Hectics que costumava atuar em eventos escolares onde interpretavam músicas de outros artistas. Foi precisamente nessa altura que os colegas de escola o apelidaram de Freddie.

Mas não só de alunos de compunha o público do, agora sim, Freddie. Também os mais velhos apreciavam o carisma e talento musical daquele miúdo de 12 anos.

Aos 17 anos mudou-se para Londres, juntamente com a família, por ocasião da Revolução Civil de Zanzibar em 1964, onde passou a estudar arte, e, posteriormente, ganhou o diploma de designer gráfico através da Ealing Art College.

Depois de concluir os estudos, Freddy ingressou noutra área, a de comerciante, e foi vender roupas no famoso mercado de Kensington ao lado da sua então namorada Mary Austin. Chegou também a ser atendente no Aeroporto Heathrow, por um tempo breve.

Mas a música não podia ficar fora da vida de Freddie. Foi então em 1969 que iniciou a banda Ibex, que mais tarde passou a chamar-se Wreckage, que também não durou muito tempo, integrando posteriormente os Sour Milk Sea.

Os Queen haveriam nascido no ano seguinte, em 1970, quando Freddie se juntou ao guitarrista Brian May e ao baterista Roger Taylor, passando o trio a chamar-se Smile, nome que foi posteriormente alterado para Queen com a entrada do baixista John Deacon, adotando a alcunha de Mercury como sobrenome artístico.

Os primeiros álbuns da banda foram o Queen e Queen II que tiveram uma receção mais limitada ao Reino Unido. Mais tarde, a banda conseguiu uma certa projeção mundial com o álbum Sheer Heart Attack e com a conhecida música Killer Queen.

Mas o verdadeiro auge veio um ano depois, em 1975 com o álbum A Night at the Opera que trouxe o hino Bohemian Rhapsody, um clássico onde Mercury fundiu o rock and roll e a ópera, criando aquela que é considerada uma das maiores gravações musicais da história.

Em 1976 com o lançamento A Day at the Races, ascendeu um dos grandes sucessos e preservado tema Somebody to Love.

No ano seguinte, com o lançamento do News of the World, vieram dois dos maiores hinos do grupo: We Will Rock you e, claro, quem não conhece o tão badalado, We are the Champions.

O álbum seguinte, “Jazz”, não teve tanto sucesso como os antecessores, mas a banda logo voltou a lançar mais um sucesso com o álbum The Game, que trouxe a Crazy Little Thing Called Love e Another one Bites the Dust, este último que seguiu o estilo do Funk Rock.

Em 1982, e com o sucesso do Another One Bites the Dust, Freddie decidiu que queria gravar um álbum inteiro ao estilo do funk rock, new wave e outros estilos. Uma ideia que desagradou profundamente os outros membros de Queen e pelos vistos, também os fãs, sendo considerado o pior trabalho da banda.

Muitas águas se moveram, muitos outros temas foram saindo até que em 1986, com a popularidade renovada, eis que surge o álbum It’s a Kind of Magic, um grande sucesso que levou os Queen a uma turné de estádios pela Europa, com uma produção e receção nunca antes vista.

Foi depois deste grande sucesso dos Queen que Mercury entrou em declínio, quando descobriu que era portador de SIDA, levando a um rápido fraquejar da sua condição física.

Com o adoecer de Freddie Mercury, os Queen reformaram-se dos palcos, com um último concerto em Londres, no dia 8 de agosto de 1986, esse que foi também o último momento de Mercury em Palco.

Freddie Mercury, uma voz que a música trouxe ao mundo, cujas cordas vocais se extinguiram a 24 de novembro de 1991, mas que permanece eterna enquanto as leias da física permitirem a propagação das ondas sonoras no nosso meio.

Freddie Mercury, se fosse vivo, completaria hoje 70 anos.

Escrito por ONDA LIVRE