Os fundos comunitários estão, depois de uma fase de transição, a ser desbloqueados, e na área da agricultura têm sido bem aproveitados pelo país. Considerações do Diretor Regional de Agricultura e Pescas do Norte esta manhã, em Macedo de Cavaleiros.
“Se nós não tivéssemos os apoios que temos tido da União Europeia não estaríamos muito mal, mas o que é certo é que os que existem para Portugal e para os outros países, estão a ser muito bem aproveitados.
Temos tido taxas de execução na ordem dos 100%. Isso significa que temos sido um bom país, sob o ponto de vista da utilização dos fundos, e temos estado atentos aos prazos de execução. Não tem havido devolução de fundos comunitários à União Europeia, o que significa que os estamos a aproveitar.
Acho que o setor neste aspeto evoluiu imenso. As organizações neste momento são muito mais modernas e mais viradas para os tempos que correm. Penso que estamos a fazer um bom trabalho.”
Manuel Cardoso marcou presença na abertura sessão de esclarecimento promovida para os agricultores do concelho, com temas a abordar como os subsídios agrícolas e o desenvolvimento rural ou os apoios disponíveis ao investimento.
Mais jovens a apostar no setor, o que poderá ser um sinal de esperança.
“Já não estamos como há uns anos atrás, em que apenas assistíamos ao abandono e ao envelhecimento das pessoas que se dedicavam à agricultura.
Ao longo dos últimos anos temos tido, e espero que continue, a instalação de jovens agricultores. Têm sido fortemente apoiados, nomeadamente aqui no nordeste transmontano, onde tem havido muitos projetos e muita instalação. E temos tido muitos projetos de sucesso. Nesse aspeto acho que representa uma esperança.”
Uma iniciativa catalogada como dedicada ao empreendedorismo pelo vice-presidente do município, Carlos Barroso. E, segundo avança, há mesmo intenções de investimento no concelho.
“Estamos a trazer informação aos nossos agricultores e aos nossos potenciais investidores, para no futuro poderem modernizar as suas explorações agrícolas. É preciso dizer que não pode haver transformação sem antes haver produção.
Há algumas intenções de investimento e de licenciamento. Claro que demoram sempre o seu tempo, não é um processo imediato. Os processos de investimento pós-licenciamento demoraram até serem implementados fisicamente. Mas parece-me que brevemente teremos boas notícias, até porque os apoios ao investimento estão neste momento a começar a sair, no âmbito deste quadro comunitário.”
Investimentos com enfoque no azeite e na transformação de castanha.
Esta sessão de esclarecimento uniu várias associações e cooperativas agrícolas de Macedo de Cavaleiros, a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícola e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri) e a Operação Armórica, um projeto de parceria entre a Câmara Municipal e a Santa Casa da Misericórdia local.
Escrito por ONDA LIVRE


