Mais de cem entidades, públicas e privadas, do distrito de Bragança, vão trabalhar em conjunto com o Unidade Local de Saúde do Nordeste para melhorar a saúde da população do distrito.
As parceiras, que passam pelas autarquias, forças de segurança e proteção civil, estabelecimentos de ensino e formação profissional, instituições de solidariedade social, santas casas da misericórdia, entre outras, assinaram ontem as cartas de compromisso em Macedo de Cavaleiros e vão colaborar com o Plano Local de Saúde do Nordeste até 2020, também ontem apresentado e que assenta em três problemas de saúde definidos como prioritários: doenças cérebro-cardiovasculares, saúde mental e doenças oncológicas.
Inácia Rosa, coordenadora do projeto, explica o que vai ser implementado para melhorar as três áreas definidas:
“Um dos objetivos é aumentar a literacia de toda a comunidade para os três problemas identificados e desenvolver atividades específicas para cada situação.
No caso das doenças cérebro-cardiovasculares, pretendemos aumentar o diagnóstico de hipertensão, fibrilhação auricular e um melhor controle, pois são as principais causas dos AVCs. Na parte da doença oncológica, queremos melhorar os rastreios e o acompanhamento dos doentes.
O projeto da doença mental é muito ambicioso, com muitos gastos para a ULSN. Pretendemos criar um Hospital Dia para crianças e jovens, em espaços que já existem e onde os doentes internados terão um maior acompanhamento. Seria um espaço intermédio até à colocação na comunidade.”
Um trabalho conjunto que o presidente da CIM Terras de Trás-os-Montes, Artur Nunes, define como “prioritário” e garante que vão reivindicar mais apoios para a saúde na região:
“Na reformulação das verbas comunitárias do 2020, há dinheiro que não foi aplicado nem investido. Desses fundos, gostaríamos de receber uma comparticipação que seria importante para investir onde é necessário mas também para podermos reinvindicar mais dinheiro para o território das terras de Trás-os-Montes na área da saúde, nomeadamente para investir nos hospitais e centros de saúde.
Ainda há bastante dinheiro para esta área, esse número vai ser com certeza revelado pela CCDRN, e a partir daí queremos fazer, mais uma vez, estas reivindicações institucionais para poder aplicar no que precisamos. “
Benjamim Rodrigues, presidente da câmara de Macedo, explica que os municípios têm um papel sinalizador neste plano:
“Nós criamos condições para que os intervenientes no plano possam andar no terreno. Além disso, também fazemos sugestões, identificando uma série de problemas em cada um dos territórios, de forma a indicar as situações onde achamos que a prevenção deveria ser mais ativa.
Isso já foi feito e vamos continuarmos a trabalhar em conjunto.”
O Plano Local de Saúde do Nordeste vai começar a ser implementado de imediato.
Foram ainda nomeados em cada um dos doze concelhos elos de ligação que vão facilitar “a articulação entre a Comunidade, o Plano Local de Saúde e os profissionais da ULS do Nordeste”.
Escrito por ONDA LIVRE




