E um dos factores que pode contribuir para a agravar o risco de incêndio nesta altura do ano é a seca, que em fevereiro registava já níveis preocupantes com adiantou Álvaro Silva, climatologista do Instituto Português do Mar e Atmosfera:
“No mês de fevereiro tivemos um agravamento da situação de seca meteorológica em todo o país porque houve pouca precipitação e durante os meses de inverno verificaram-se valores a baixo do normal.
No distrito de Bragança, no final do passado mês registamos valores de seca fraca, quando comparada com com 2018.”
Apesar de a região não apresentar a situação mais grave no país, a falta de chuva e a seca são preocupantes e pode não ser possível reverter o estado até ao verão:
“Estamos com um inverno em que os valores de precipitação são abaixo do normal, e temos de ter em conta que 40% do total anual da precipitação é resultante dessa estação.
Quando chove pouco no inverno, dificilmente conseguimos desagravar a situação de seca. Só para terem uma ideia, para atingirmos o valor de precipitação normal até ao inicio do verão, teria de chover o dobro nos próximos três meses”.
Em Fevereiro quase 60 por cento do país estava em seca moderada e perto de 40 por cento do país em seca fraca, havendo já partes do território em seca extrema, não se prevendo chuva até ao final deste mês.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)