Macedo de Cavaleiros deixou de ser o município do país que mais água desperdiça, passando agora para segundo lugar.
O relatório anual da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos – a ERSAR – relativo a 2020, dá conta que ao longo desse ano, o desperdício de água foi de 77%, ficando apenas atrás de Vila Nova de Cerveira, que é agora o município que aparece no topo desta lista, com um desperdício de 82,4%.
Se comparado com os dados do ano anterior, 2019, Macedo de Cavaleiros conseguiu reduzir a água não faturada em cerca de 3%.
O vice-presidente do município de Macedo de Cavaleiros, Rui Vilarinho, explica que se 2020 não tivesse sido um ano atípico, devido à pandemia, estes números seriam ainda menores:
“Esse valor ainda não é, para nós, um motivo de regozijo, de forma alguma.
O valor reflete os dados de 2020, que foi um ano atípico, pois a relação entre água aduzida pelas Águas do Norte e a faturada não é real, visto que nesse ano deixámos de faturar água a muitos comércios, indústrias e munícipes de Macedo de Cavaleiros. Como tal, esse valor, em condições normais, seria substancialmente menor.”
Dentro de cerca de quatro ou cinco anos, o município espera estar já próximo da média de perdas a nível nacional:
“Em 2021 foi quando iniciámos, de uma forma mais feroz, o combate às perdas de água, implementando os IMC. Também vamos iniciar, o mais rapidamente possível, a substituição da rede de condutas. Macedo de Cavaleiros foi dos primeiros concelhos a ter água tratada, há mais de 40 anos, e por isso também será dos primeiros a ter necessidade de substituir condutas.
Com a implementação dos contadores inteligentes iremos ter quase toda a rede monitorizada e, paralelamente, vai haver um esforço do município e dos técnicos para que, dentro de pouco tempo, possamos ter resultados mais satisfatórios.
Acredito que os dados de 2021 já serão melhores, ou menos maus, e paulatinamente vamos fazer com que, dentro de quatro ou cinco anos, já nos possamos aproximar daquilo que é a média de perdas a nível nacional, que andará a rondar os 40/45%.”
O relatório anual da ERSAR, que caracteriza o setor das águas e resíduos ao longo do ano de 2020, foi publicado ontem.
Escrito por ONDA LIVRE

