Viagens de fim de ano aumentaram mas não em todo o país. Fomos saber mais junto de uma agência em Macedo de Cavaleiros

Neste fim de ano, mais portugueses decidiram receber 2024 fora do país e nem o aumento do preço das viagens impediu que alguns destinos como Brasil, Madeira, Cabo Verde e México esgotassem em alguns operadores turísticos nacionais.
Mas a tendência não parece ter sido igual em todo o país, pelo menos com viagens compradas através de agências de viagem.

Na agência de José Guerra em Macedo de Cavaleiros, por exemplo, a passagem de ano não motivou a uma maior procura e não foram compradas viagens para países tropicais.
Apesar de até haver programas de passeios em Portugal, criados para o réveillon, a adesão tem sofrido um decréscimo:

“Todos os anos criamos um serviço próprio de passagem de ano para pessoas que pretendem sair nessa altura. Este ano programámos para Vila Real e penso que agências de outros lados farão o mesmo em relação a Macedo de Cavaleiros.

A procura não é grande mas temos clientes habituados a fazer este tipo de passagens de ano.

É um grupo muito restrito e tem vindo a regredir. Os grupos que eram de 50 pessoas, agora passam a ser de 30 e de 20.”

Para José Guerra, a redução da procura por viagens nesta altura do ano deve-se a diminuição do poder de compra das pessoas:

“As condições de vida pois as coisas estão cada vez mais caras.

Dizem que os vencimentos sobem mas isso não se reflete nas pessoas pois o poder de compra é cada vez menor.

Aumentam o ordenado mínimo mas o resto aumenta muito mais. 

Se as pessoas tivessem dinheiro de sobra é evidente que procurariam sair mais.”

Além disso, muitos deixaram de procurar as agências para comprar viagens, optando por fazê-lo pela internet, o que se tem refletido e não só nesta altura do ano:

“É óbvio que se nota.

As pessoas compram online mas há quem não domine as tecnologias e outras não têm confiança nas mesmas.

Ao longo do ano temos passeios de um dia e de fim de semana que as pessoas ainda procuram, principalmente numa faixa dos 70 anos e às vezes até pessoas mais jovens.”

A nível nacional, a compra de viagens para passar o ano fora do país aumentou na ordem dos 20%, em relação ao ano passado, no entanto não parece ter sido uma realidade transversal a todo o território português.

Escrito por ONDA LIVRE