Mais de 40 enfermeiros da Unidade Local de Saúde do Nordeste não conseguem transitar para a categoria de especialistas.
 Exercem funções como tal, mas a remuneração não corresponde.
Esta situação levou-os a protestar, ontem, à porta do hospital de Bragança.
O dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Alfredo Gomes, explica que o problema se arrasta desde a reformulação da carreira, em 2019, quando muitos enfermeiros não puderam receber o suplemento remuneratório por falta de vagas:
“Na altura o Ministério da Saúde atribuiu 161 vagas à ULS NE para atribuir este suplemento remuneratório, mas na ULS NE havia 216 enfermeiros que eram especialistas, ou seja, havia 50 e tal que ficavam de fora. A reformulação da carreira punha como condição obrigatória este suplemento para transitar para especialista, mas apesar destes enfermeiros serem especialistas, como nunca receberam o suplemento, também não transitaram.”
Alfredo Gomes diz que é um número significativo de enfermeiros que estão a passar por esta “injustiça”.
A solução passa por alterar a legislação. Embora neste momento pouco possa ser feito, tendo em conta a conjuntura do país, Alfredo Gomes adianta que desde 2022 que estão a protestar para esta mudança e vão continuar a fazê-lo até que algo seja feito:
“O sindicato já em 2022 iniciou uma campanha que tinha em vista alterar este decreto-lei de forma a corrigir as injustiças que nós identificamos com a publicação deste decreto-lei e até agora ainda não conseguimos que o Ministério da Saúde se sentasse à mesa para negociar alterações. Contamos que o próximo Ministério da Saúde tenha abertura para negociar estas alterações que são urgentes”.
A Unidade Local de Saúde do Nordeste emprega cerca de 700 enfermeiros, dos quais apenas 250 têm a categoria de especialistas, de acordo com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
INFORMAÇÃO E FOTO CIR (Rádio Brigantia)

 
 