Macedense assegura manutenção na II Divisão com vitória caseira com o Portimonense

O Macedense / Doolibar Sociedade Oleica vai disputar novamente o Campeonato Nacional de Futsal da II Divisão na próxima época.

Adiou o objetivo até ao último jogo da época, que disputou e venceu este sábado em casa frente ao Portimonense por 6-2, garantindo a manutenção.

Objetivo cumprido naquela foi a mais difícil das últimas épocas, refere o treinador, Costinha:

“Em 19 anos atingimos os 19 objetivos a que nos propusemos.

Enquanto estive ao leme, fiz essa contagem, e este foi, sem dúvida, o ano mais difícil.
Sabíamos que ia ser um jogo difícil, o Portimonense veio e deu o seu melhor. Obviamente que houve o condicionalismo da viagem quando fomos lá.
Houve uma carga emocional para o último jogo de não poder errar, ter medo de ter bola e assumir jogo, mas não foi isso que se passou. O GDM entrou personalizado, humilde e trabalhador.”

 

Costinha dedica a manutenção aos adeptos e à direção do clube:

“Esta gente leva-nos ao colo, quando a coisa está a tremer este pavilhão é fenomenal. Por isso é que toda a gente gosta de vir cá jogar. Isto é um hino ao futsal.

Em segundo dedico a esta direção, que é nova, chegou e não deixou faltar nada, algo a que nem estávamos habituados. Têm feito um trabalho de voltar a organizar o clube como ele merece estar organizado, e como caloiros, que pela primeira vez pegaram no clube, é dedicar a eles porque nos deram um suporte que nenhuma outra nos deu até hoje.
E obviamente que dedico também às minhas cinco mulheres lá de casa.”

 

No entanto, o técnico alerta que é cada vez mais exigente e competitiva a disputa da II Divisão Nacional, pelo que é necessário repensar aspetos para ter um GDM diferente na próxima época:

“Temos muita culpa na falta de evolução e ambição que temos de demonstrar e é preciso tentarmos ser criativos e perceber o que podemos ajustar para a sina não se concretizar.

As equipas mais amadoras são as que, potencialmente, vão ter mais dificuldades a partir de agora.
Temos de nos reconverter, pensar muito bem todo um projeto e mudar de patamar.
Claro que é preciso mais dinheiro, condições, mais horas de trabalho, mas acima de tudo as pessoas se sentarem à mesa e pensarem que GDM é que temos de ter em setembro, porque não pode ser o mesmo.”

 

O camisola 17 do Macedense, Patrick Simão, fala de uma conquista merecida:

“O sentimento é claramente de gratificação, de orgulho e de prazer da época.

Por mais um ano os objetivos foram alcançados, foi muito duro, mas a verdade é que a II Divisão já está assim há alguns anos.
Não é uma II Divisão fácil, e ao longo dos anos, apesar do que algumas pessoas pensam, que é só vir aqui ao sábado jogar, há muita exigência, o campeonato é difícil e não é coincidência o GDM estar já há vários anos consecutivos na II Divisão.
Foi muito merecido da nossa parte.”

David Vaz, presidente da direção do Grupo Desportivo Macedense há um ano, diz-se orgulhoso com a conquista da manutenção, numa época marcada por vários esforços:

“Foi um esforço incrível desta direção, muita gente a trabalhar para que não faltasse nada a estes jogadores e a esta equipa técnica. No fim de contas é uma alegria por nos termos conseguido manter na II Divisão mais um ano.

Para mim é um orgulho termos conseguido esta manutenção, assim como acho que o é para toda a direção deste clube.
Amanhã vamos repousar e na segunda-feira começarei a preparar a nova época, em reunião com a direção. Já temos mais experiência e mais obrigação.
Vamos definir os objetivos, mas logicamente que o principal será sempre a manutenção na II Divisão. Se possível tentaremos sempre obter algo mais.”

 

Reconhece a necessidade de profissionalizar mais a equipa para responder as exigências da II Divisão, no entanto, admite que para isso são necessários mais apoios:

“A II Divisão é talvez o equivalente a uma I Divisão de há 6/7 anos, em termos de orçamento, muito exigente.

Nós sendo uma equipa amadora, pois não há hipótese, na nossa realidade, de não ser amadora, sabemos que temos de estar sempre mais e mais para conseguirmos lutar de igual para igual com os nossos adversários.

Entrámos nesta direção com muitas dificuldades financeiras, muitos problemas e tentámos sempre dar o nosso melhor aos jogadores. Reforçámos o departamento médico para que não faltasse nada aos jogadores, mas trabalhamos consoante a nossa realidade financeira. Tentando dar o nosso melhor, às vezes, não é o desejável para os jogadores.

Faltam apoios. A Câmara Municipal dá um apoio grande ao clube, é verdade, em termos de patrocínios também temos um apoio muito grande, tendo este ano talvez sido o de maiores patrocínios, e, fora isso, a direção trabalhou em eventos e talvez este tenha sido o maior orçamento do clube. Mas, de ano para ano, vai aumento o orçamento necessário para lutar de igual para igual com os clube que são nossos adversários.”

 

Certa está a permanência do Macedense na II Divisão de futsal na temporada 24/25, pela sétima vez consecutiva, o que foi celebrado com ambiente de festa este sábado no Pavilhão Municipal.

Escrito por ONDA LIVRE

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