É inaugurada este sábado a II Bienal de Arte Contemporânea de Trás-os-Montes – Linha de Água, que conta com a participação de 150 artistas, nacionais e internacionais.
Inês Falcão, uma das curadoras, espera que a arte pantente nesta bienal consiga, acima de tudo, provocar:
“Esta bienal, ao nível de arte e componentes artísticas, tem de tudo um pouco, desde o vídeo, da escultura, cerâmica, a própria pintura em si, instalações fora da caixa que vão provocar os macedenses e quem nos visita, pois esse é o objetivo, provocar porque a arte é provocatória.
Se não fizermos esse percurso de provocar, acho que estamos a não sensibilizar as pessoas para a arte.”
A curadora destaca a participação de artistas locais na bienal:
“Na primeira bienal isso não aconteceu e foi uma mágoa que eu senti porque acho que os locais também têm de ter a oportunidade de poder entrar numa bienal, que não é só para aqueles artistas que já são muito conhecidos.
Nesta segunda bienal tivemos a preocupação de trazer artistas emergentes.”
Esta edição vai para além dos limites do concelho de Macedo de Cavaleiros, contando com espaços de exposição também em Alfândega da Fé, Vinhais e Freixo de Espada à Cinta.
Serão também criadas obras em algumas aldeias do concelho de Macedo, envolvendo a comunidade:
“São as aldeias que ligam a linha de água do Azibo: Podence, Santa Combinha, Vale de Prados, Vale da Porca e Salselas.
As intervenções são feitas mesmo com os artistas no local, com a comunidade, porque existe esse património e essa recolha de elementos que podem facilitar essa construção aos artistas e ficam depois para a própria aldeia.”
Uma bienal que é já uma referência e são os próprios artistas a procuram, revela o presidente da Câmara Municipal, Benjamim Rodrigues:
“Já é uma referência. Nós estamos na Rede Nacional e isto dá-nos ainda mais força para continuarmos a ser uma referência ao nível da arte contemporânea.
Com este evento queremos fazer com que todos os artistas contemporâneos queiram vir participar na nossa bienal, o que já acontece. Antes tínhamos que ir nós à procura deles, agora são eles que nos procuram.”
As obras de arte vão estar em exposição no Centro Cultural Macedense, no Museu de Arte Sacra, no Welcome Center do Azibo e no Mercado Municipal.
Em Alfândega da Fé, foi escolhido o Lagar D’El Rei para acolher as peças, em Vinhais, o Centro Cultural Solar dos Condes de Vinhais, e em Freixo de Espada à Cinta, o Convento S. Filipe Neri.
A II Bienal de Arte Contemporânea de Trás-os-Montes tem como parceiros a Bienal de Vila Nova de Cerveira, o Museu do Douro, a Sociedade Nacional de Belas Artes e o Laboratório de Artes e Montanhas Graça Morais.
É inaugurada este sábado no edifício do Mercado Municipal de Macedo de Cavaleiros e fica patente até 30 de novembro.
Escrito por ONDA LIVRE