Cada dedilhada nas harpas preenchia o espaço, num altar transformado em palco, da Igreja de S. Pedro no recital do quarteto Lulavai, num cenário mais intimista, integrado no Festival “Oito Mãos, Monumentos com Música Dentro”, em Macedo de Cavaleiros, esta sexta-feira.
Os lugares estavam quase todos preenchidos e no final a opinião foi unânime, como destaca Adelaide Simão, que assistiu ao concerto, acompanhada pelas suas netas de 11 e 13 anos, Vitória e Gabriela Caldas:
“Gostei imenso e as minhas netas também porque até filmaram. Adoro a harpa e o cântico delas e o romantismo.”
“Gostei porque foi um concerto simpático.”
“As músicas eram muito lindas.”
Na fila da frente, visivelmente maravilhado estava o casal Guido e Marlene Ferezini, que destacam que em Macedo de Cavaleiros não perdem um concerto:
“Foi maravilhoso. Além das expetativas. Já assistimos a muitos concertos, mas igual a esta foi a primeira vez, foi maravilhoso. Ficamos a conhecer outros instrumentos que eu não conhecia, a flauta, a espécie de castanholas. Um som incrível e suave, ficamos bastante encantados.”
“Gostei muito, muito… Foi uma surpresa. Gostamos de harpa, mas elas ofereceram muito mais do que isso.
Conseguiram ter uma harmonia muito grande entre elas e foi transmitido para nós.”
O quarteto é constituído por Josefa Fernandes Osório, Paula Oanes, Helena Paz, e Lorena Reinaldo que contaram algumas das peripécias das suas viagens a Portugal, durante a mostra musical. Um público atento, destaca a porta-voz, Lorena Reinaldo:
“Muita afluência de gente. Em geral, em Portugal, o público presta muita atenção aos concertos e desfruta-os.”
As donas das oito mãos já estão juntas há 14 anos, e conta como se juntaram neste projeto musical:
“Nós somos ex-companheiras da uma orquestra que existe na Galiza, de música folk, de 40 elementos. E sempre tivemos em mente fazer um projeto próprio e juntamos assim.”
Desde então já passaram por muito palcos, desde a Galiza ao País Basco, Portugal, França. Já participaram em festivais como Lorient, FolkSegovia, Folkez Blaiz, no Arcu Atlánticu de Xixón. O próximo concerto é em Grove, Pontevedra, na Galiza.
Já Rui Fernandes, diretor artístico do Festival ficou muito agradecido por ter tido casa cheia:
“Foi um bom momento, porque estava a Igreja cheia e é isso que faz sentido para este tipo de festival.”
Um momento, em que a arte, a melodia, a arquitetura e a fé se uniram…
O festival Oito Mãos, Monumentos com Música Dentro” está em digressão, o próximo concerto vai acontecer em Amarante, no dia 24 de Agosto.
Escrito por Rádio ONDA LIVRE


