Queda do Helicóptero ao Rio Douro: Quinto acidente com o helicóptero AS 350 Écureuil desde 2015

O funeral dos quatro militares, que morreram na trágica queda do helicóptero no rio Douro, foi ontem.

As cerimónias fúnebres destes militares tiveram lugar na Igreja de Santa Cruz e na Igreja Paroquial de Sande, no concelho de Lamego.

O funeral do quinto elemento encontrado vai acontecer hoje, em Castro Daire.

Recorde-se um helicóptero de combate a incêndios caiu ao rio Douro, quando regressava à base de Armamar, de um fogo que lavrava em Baião, na localidade de Cambres, Lamego, no início da tarde desta sexta-feira.

A bordo seguia uma equipa da Unidade de Emergência Proteção e Socorro de cinco elementos, mais o piloto da aeronave.

Faleceram neste acidente aéreo Pedro Santos, 45 anos, casado e com dois filhos, de Lamego. Além de militar da GNR, também era Treinador de Futebol, no Cracks Clube de Lamego.

António Pinto, 36 anos, casado e com um filho, de Lamego.

Fábio Pereira, 34 anos, com três filhos, de Moimenta da Beira.

Daniel Pereira, 35 anos, com dois filhos, de Lamego. Também era instrutor num ginásio.

E Tiago Pereira, de 29 anos, solteiro, que foi o último corpo a ser encontrado, facto que aconteceu pelas quatro da tarde deste sábado. Este militar era de Castro Daire.

Resgatado com vida foi o piloto do helicóptero, Luís Rebelo, de 44 anos, que foi entretanto operado no hospital de Vila Real, e que está estável, sob observação médica, e sem correr “risco de vida”. Fraturou os dois pés, já foi operado, e hoje voltará a ser intervencionado. O seu estado psicológico é o que está a ter mais cuidados, uma vez que está muito consternado pelo falecimento dos colegas. Luís Rebelo é natural de Vila Real e tem 44 anos.

Já os familiares dos ocupantes “estão a ser devidamente acompanhados por psicólogos” das diferentes autoridades militares e civis.

Foi decretado Dia de Luto Nacional para este sábado.

Este é o quinto acidente com o helicóptero AS 350 Écureuil desde 2015.

Em agosto de 2015, um aparelho igual, caiu na localidade de Lapa, em Ponte de Lima, depois de combater um incêndio em Valença. Dois dos passageiros tiveram ferimentos ligeiros.

Em agosto de 2017, caiu num combate a um incêndio em Alijó, sem ferimentos nos tripulantes.

Também no mesmo mês, um piloto de 51 anos morreu depois de o aparelho bater num fio de alta tensão, num incêndio de Cabril, Castro Daire. O helicóptero incendiou-se, o que impossibilitou a saída do piloto.

Já em 2020, um outro helicóptero tombou para o lado, num treino, causando dois feridos ligeiros.

Começou a ser produzido em 1990 pela Areospatiale, e a partir de 2014 pela Airbus.

Escrito por ONDA LIVRE