Jardim de Infância de Travanca, encerra portas no concelho de Macedo de Cavaleiros. Oposição do PSD questiona o PS sobre este encerramento e o município esclarece

Vários assuntos foram debatidos ontem, na reunião de câmara que teve lugar, no Município de Macedo de Cavaleiros. Um deles foi o encerramento do jardim de infância, o atraso da abertura do Conservatório Regional de Macedo de Cavaleiros, sobre o atraso das obras de restauro da Igreja Matriz de Podence e a falta de água que os macedenses tiveram este verão.

As crianças da aldeia de Travanca do jardim de infância já estão a ter aulas em Macedo de Cavaleiros, visto que a escola encerrou para atividades letivas, apesar de agora irem decorrer neste espaço atividades para as pausas letivas e também no âmbito de ATL’s.

Esta foi uma das questões debatidas, em sede de reunião de câmara, desta terça-feira, que foi levantada pela oposição do PSD, por Maria Clementina Gemelgo antes do período da ordem do dia, que assegura que aquele espaço agora deveria ser utilizado para outros fins para toda a comunidade.

Benjamim Rodrigues, presidente da câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros explica que houve necessidade de agrupar estas crianças ao Polo 1, em Macedo de Cavaleiros, por diversas razões:

Para evitar deslocações, em que a maior parte das crianças estavam mais perto deste centro escolar, não fazia sentido, irem para o jardim de infância, em que estamos a falar de duplicação de gastos, em todas as vertentes. Assim, nós preferimos ter as crianças reunidas, até para o próprio rendimento intelectual e emocional. E também por causa da gestão de transportes.

Outro esclarecimento que a vereadora da oposição, solicitou ao executivo, foi no âmbito do arranque do início do ano letivo do Conservatório Regional de Macedo de Cavaleiros. O presidente da câmara, esclarece que neste momento falta uma licença da DGEsTE – Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares:

Há candidaturas em cada ano letivo, em que a DGEsTE contempla um número de alunos, que poderão ser financiados, que poderão ser 25 alunos. Mas neste momento, ainda não aprovou esta licença, e provavelmente terá que ser o município a financiar este custo.

A principal crítica da oposição é sobre o facto que os pais terem de pagar o valor de 12 euros para a frequência desta escola, em que na sua ótica, deixa de ser democrático. Porque alguns pais já não poderão suportar mais este gasto. Está em causa um financiamento da parte do município em 70%, da parte do município.

Ainda outro pedido de esclarecimentos, foram no âmbito das obras da Igreja Matriz de Podence, sobre o cronograma das mesmas e quais são os constrangimentos que estão a sofrer. O autarca adianta que as obras são especializadas e certificadas no altar-mor:

Foram obras de restauro patrimonial e de proteção do próprio edifício que estavam em avançado estado de degradação. As obras de restauro patrimonial estão relacionadas com os altares, as talhas douradas, com painéis de pintura, que de facto estavam já muito degradados. Entretanto, com o evoluir da requalificação, fomos dando conta que havia outras falhas, que deveríamos reparar, o que levou a outro tipo de trabalhos e outro tipo de contratualização. Por isso, as obras da igreja estão atrasadas, até porque estes restauros, só podem ser realizados, por empresas certificadas.

Uma outra questão abordada foi sobre o fornecimento de água, pela empresa gestora em alta a Águas do Norte, em que foram realizadas obras para que não volte a faltar agua nas torneiras dos macedenses, como aconteceu este agosto.

Benjamim Rodrigues não garante que não volte a faltar:

E não me atrevo a dar tantas certezas. Mas o que tecnicamente, nos foi dito, é que havia ali um processo de bombagem que estava a falhar e obsoleto. Por um lado, foi mau e desagradável para as pessoas, que estiveram sem água uns dias. Mas pelo menos consciencializamos a empresa Águas do Norte, que eles tinham que fazer essas reparações e que já foram realizadas. Por isso, agora já estão a funcionar. E pensamos que vamos conseguir evitar essas falhas.

A falha deste verão, já não acontecia há quatro anos, estávamos muito felizes com as soluções que encontramos, mas isto a qualquer momento, podia acontecer, aconteceu este verão. Mas por causa de uma sobrecarga de utilizadores, no concelho de Mirandela. Foi na altura das festas. As pessoas ali quadruplicam e claro houve ali consumos anómalos.

Houve também retificação no âmbito do pelouro das florestas que está a cargo de Rui Vilarinho, o Vice-presidente e ainda uma das alterações que vai decorrer, é a transferência da pasta das finanças da Vereadora Sónia Salomé, para o presidente da câmara, uma vez que a vereadora até dezembro tem em sua gestão as candidaturas que o município está a concorrer, neste momento a diversos fundos.

Também foi aprovado um valor de 9 mil euros de apoio para a aquisição de equipamento de combate a incêndios para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros.

Escrito por Rádio ONDA LIVRE