O distrito de Bragança é o segundo do país, com mais terrenos por limpar, com 1162. O número foi avançado, esta terça-feira, através do trabalho de sinalização desenvolvido pela GNR. São dados provisórios no âmbito da fiscalização, e dizem respeito ao levatamento até ao final de abril.
Só o distrito de Leiria é que supera o brigantino, com 2 606, quando faltam apenas 4 dias, para terminar o prazo de limpeza de gestão de combustível.
No ranking dos distritos segue-se Santarém, com 941, Coimbra, com 818 e Viseu com 798.
Hernâni Martins, major da GNR, oficial de comuminação e relações públicas, do comando Territorial de Bragança, garante que este número não é alarmante, porque os militares estão a realizar um trabalho de sensibilização e de proximidade junto da população:
“Não diria que é um número alarmante, importa realçar que isto demonstra o empenho da guarda, nomeadamente o Comando Territorial de Bragança, através da sua estrutura SEPNA, tem em verificar todos os pontos que estão em incumprimento.
Não significa que estes pontos que foram identificados no passado, a partir do dia 1 de junho, quando fizermos a segunda visita, estejam em incumprimento. Acrescento que nós, ao longo destes meses, além de sinalizarmos, georreferenciarmos estes pontos, desenvolvemos medidas extra de chegarmos à população e aos proprietários e sensibilizá-los para a necessidade de limpar.
O trabalho desenvolvido no âmbito da “Operação Floresta Segura”, que se destina a sinalizar os terrenos que não respeitam a lei da limpeza da floresta, está a ser realizado e na segunda visita da GNR, serão identificados os terrenos que ficaram por limpar que estarão já sujeitos a multas:
“Por exemplo, nós vamos a determinada aldeia e identificamos três pontos, não identificamos os pontos e vamos embora, não é assim que funciona. Procuramos junto da comunidade local, junto dos centros de dia, dos presidentes de junta, das associações, perceber quem é que são os proprietários do terreno. Ao senhor X ou Y, referimos que identificamos este seu terreno como não conforme, digamos assim, e solicitamos que faça a sua limpeza até ao final do prazo previsto na lei, que neste caso foi alargada até dia 31 de maio. Ou seja, não considero neste momento que seja alarmante, demonstra sim, que a guarda está cá, estamos atentos, vamos fazer uma segunda visita e depois, vamos avaliar e ver quais são aqueles pontos que efetivamente ficaram por limpar”.
Esta semana, as temperaturas subiram, o que poderá originar alguns focos de incêndio, como já que registaram. Recorde-se as medidas para a limpeza, são de uma faixa de 50 metros em redor das habitações, e de 100 metros em torno de aglomerados populacionais, e também parques de campismo, parques industriais e logísticos, como salienta Hernâni Martins, major da GNR:
“Importa aqui realçar que é muito importante que as pessoas tenham noção das distâncias. Nos aglomerados populacionais a distância é de 100 metros e nas habitações isoladas é de 50 metros. E que o foco não está nas autuações, mas sim na proteção das pessoas. E na necessidade de existir esta limpeza para conseguirmos ter aglomerados populacionais ou casas mais resilientes, com capacidade de não ficarem afetadas por um grande incêndio. E, efetivamente, esta semana temos o aumento da temperatura, há mais calor, poderá haver aqui algumas ignições, nomeadamente resultantes de queimas ou queimadas que se descontrolam, ou até de um incêndio postal. Mas falta este prazo para terminar a limpeza. Nós continuaremos a fazer o nosso trabalho. E a partir de 1 de junho, vamos
fazer a monitorização e iniciar esta fiscalização”.
As infrações podem variar entre os 140 a 60 mil euros, para pessoas singulares e coletivas. O prazo termina a 31 de maio.
Escrito por Rádio ONDA LIVRE