Um emigrante em Espanha e natural do concelho de Macedo de Cavaleiros, do Lombo, denuncia a atuação da CCPJ de Chaves, no caso de violência doméstica em que os seus filhos estão envolvidos, alegadamente pela própria mãe.
Trata-se de um caso de violência doméstica sobre dois meninos, os seus filhos, uma criança do sexo feminino de 7 anos e outra do sexo masculino de 6 anos.
Óscar Paulos está profundamente revoltado com a situação e explica o contexto de como tudo aconteceu, estando neste momento preocupado porque os seus filhos foram entregues aos avós maternos, quando garante que a mãe ainda tem acesso aos filhos:
“Eu anteontem estava no meu local de trabalho em Bilbau, no País Basco, quando fui contactado pela CCPJ Chaves às 16h52, hora espanhola, ou seja 15h52, hora portuguesa, na qual me perguntaram se eu era o pai das duas crianças, e eu respondi que sim. E que tinha de me apresentar, no dia de ontem (terça-feira) em Portugal às 9h da manhã, porque a minha filha tinha sido vítima de violência doméstica pela parte da mãe. Para poder estar, na contactei a imprensa, para quem trabalho em Espanha, expliquei-lhe a situação e vim de urgência para Portugal. Qual foi o meu espanto ontem quando cheguei às 9h da manhã à CCPJ de Chaves, na qual fui confrontado por uma carta anónima que foi feita por uma pessoa, a explicar o caso de violência doméstica, na qual a minha filha se encontrava com o corpo todo completamente negro. Nesse caso foi-me também comunicado pela CCPJ que foi entregue a guarda provisória aos avós da parte da mãe. Eu como um macaco velho, pus-me à coca e vejo que a mãe tem acesso às crianças. Por isso, neste caso, a medida que a CCPJ tomou, não é medida nenhuma, e que as crianças correm perigo à mesma.”
E também acrescenta que por causa deste processo, já fez uma queixa crime no Ministério Público e vai requerer a guarda total dos filhos:
“A atuação da instituição não foi adequada. Por isso, eu já entrei uma queixa-crime no Ministério Público de Chaves contra a mãe por violência doméstica e na qual também já recorri à guarda total dos meus filhos.”
Também critica o tempo demorado do contacto da CCPJ, quando a menina entrou no hospital na ULS de Chaves nesta segunda-feira, às nove da manhã, com nódoas negras nas costas, pescoço e orelhas, facto que o pai apenas viu fotografias no processo, pelo que não conseguiu ver a filha, porque foi lhe interdita a visita pelos avós:
“E neste caso, a CCPJ tem que aprender a trabalhar e a cozer-se com linhas em condições. Não é agarrar, tirar os garotos do andar de cima e metê-los no andar de baixo. E outra coisa que eu não concordo plenamente com a atitude da CCPJ, desde o momento que a minha filha deu entrada às nove e um quarto na ULS de Chaves, eu, como pai, devia ter sido informado. Não era às três e cinquenta e dois da tarde que eles não tinham que me informar. Era logo de manhã.”
Tentamos falar com a CCPJ de Chaves para pedir explicações, mas não vão prestar declarações porque causa do sigilo profissional. Óscar Paulos tem 36 anos, é emigrante em Bilbau, há cerca de quatro meses e agora pedir a guarda total dos filhos.