Cátia Ventura, está a organizar uma campanha solidária de recolha de “tampinhas”, em Macedo de Cavaleiros com o objetivo de ajudar, um menino de 9 anos que sofre de paralisia cerebral, que vive em Vila Nova de Gaia, que se chama Rui Mário, que tem 95 % de incapacidade.
Cátia Ventura, tem uma empresa de táxis e já há dois anos que fez esta campanha juntamente com outra empresa local, mas agora decidiu voltar a fazer a recolha de “tampinhas”.
Explica que o material angariado, é recolhido e depois é levado para uma empresa no Alentejo, a Resialentejo, que derrete o material e dá 0,41 cêntimos por quilo, que fica em saldo, e reverte para a clínica de fisioterapia, onde o menino tem as sessões, como explica:
“Eu, por acaso, conheci também o caso na internet. Vi a jornada do menino (página na rede social) e os pais a fazerem essas campanhas e a pedirem e pronto, liguei para lá, falei com a mãe, fiquei sensibilizada com a evolução do menino. Ele há dois anos foi à Tailândia, aliás, ele até tem ido muitas vezes aos programas da televisão, da SIC, da RTP, e eu também o acompanho.
O menino não come, não fala, não anda, é uma paralisia cerebral que foi criada no parto e eles angariam as tampas para a ajuda da fisioterapia, é o que me diz a mãe. Há uma fábrica, acho que é no Alentejo, que derrete o plástico e o metal, por cada litro são 0, 41 cêntimos que lhe paga a fábrica, mas o dinheiro não vai para os pais, ou seja, o dinheiro fica dentro da fábrica. E são as clínicas de fisioterapia e outros tratamentos que eles façam que vão diretamente a essa fábrica buscar esse valor.”
Começou a campanha há dias e só ontem já conseguiu angariar 20 sacos do lixo de 50 litros, como acrescenta:
“Só que neste momento, desde que fiz a publicação a pedir as tampas com o pedido, que
tenho tido uma ajuda tão grande, tão grande, que eu tenho já montes de “tampinhas”. Tenho estado sempre a receber “tampinhas”, tenho ido sempre a deslocar-me a ir buscar “tampinhas”.
Para ter uma noção, eu ontem fui fazer um carregamento de sacos de lixo de 50 litros, cheinhos de “tampinhas”, e eram 20 sacos.”
Por isso esclarece que poderão ser entregues todo o tipo de tampas, como de cortiça ou até de metal:
“Dá para guardar as tampas de cortiça, das garrafas do vinho, ou de outra coisa.
Rolhas de cortiça, tampas metálicas, as caricas de cerveja, as tampas dos frascos de vidro, dos sumos da compal. Tudo o que seja metálico também dá para guardar. E de plástico, dá com todas as dos frascos do detergente para o chão, tudo o que seja de plástico. Dos cremes, de um simples creme, basta tirar a tampa. As “tampinhas” pequeninas dos cremes mais pequeninos também servem. Até daquelas bolinhas dos ovos Kinder.”
Há dois anos conseguiu angariar três paletes e algumas caixas. Para já não tem prazo final para a finalização da campanha, e o objetivo é conseguir o maior número possível, para alugar uma carrinha e entregar aos pais.
