Começam hoje as Jornadas Culturais de Balsamão e decorrem até domingo, em Chacim, no concelho de Macedo de Cavaleiros, que este ano aborda “os sabores e sabores”, com o tema “À Mesa Transmontana”.
A sessão de abertura começa hoje com a entrega de documentação aos cerca de 35 participantes que se inscreveram. O momento será seguido da cerimónia de inauguração de exposição fotográfica “Rugas”, da autoria de Carlos Pedro.
A XXVIII edição vai-se centrar nos “saberes e sabores”, como destaca o Padre Basileu Pires, presidente do Centro Cultural de Balsamão:
“As jornadas têm um “menu especial”, mas o que nós iremos falar sobretudo é neste sentido de estar à mesa, desta comensalidade com os outros, da partilha de vida, de identidade, de tradições, enfim, que nos caracterizam e criam comunhão entre nós.
O tema vai ser, de facto, cheio de “sabores e de saberes”, pelo lado daqueles que nos precederam e aqueles que ainda hoje conservamos, será um pouco este o prato das jornadas culturais.”
O encontro conta com dia três dias de conferências, palestras e reflexões subjugadas a vários temas, como desmistificar várias crenças e rituais, mas também dar conta dos novos tempos e lugares da gastronomia transmontana com o Chef Marco Gomes, por exemplo, ou perceber qual é a importância das confrarias gastronómicas transmontanas na preservação dos produtos “de cá”.
Este ano, há a novidade é que as jornadas dão direito a formação credenciada para que mais estudantes possam participar e também se interessar:
“Este ano até abrimos essa possibilidade dos cursos de formação que credenciamos aqueles que participam das universidades aqui da nossa região, como seja o IPB e a UTAD. Credenciamos isso e os alunos, podem inscrever-se e não pagam inscrição por isso. Temos algumas inscrições nesse sentido, cinco. Também foi uma porta que este ano abrimos. Queremos que para o próximo ano, esta porta se abra ainda mais, para que assim possibilite a participação de mais estudantes, destas nossas universidades transmontanas. Além de, eu tenho recomendado aqueles que são daqui porque nós agora, a nível do alojamento,temos um alojamento muito escasso, porque temos a casa cheia de migrantes.
Temos alguns quartos ainda e por isso não dá muito para receber gente aqui alojada,
embora também temos alguma possibilidade, mas até convido mais que venham das aldeias e da cidade para que possam vir durante o dia e depois voltem para casa.”
A iniciativa é organizada pelo Centro Cultural de Balsamão, com o apoio científico da UTAD (Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro), da UBI (Universidade da Beira Interior – Praxis – Centro de Filosofia, Política e Cultural), e com os municípios de Macedo de Cavaleiros e Vinhais, Caixa Crédito Agrícola Mútua e o Centro Cultural Eça de Queirós e a MUNDIS – Associação Cívica de Formação e Cultura.
Fotografia: Convento de Balsamão