A precipitação mais recente pode influenciar um pouco a produção de azeite, na região de Trás-os-Montes, sobretudo, nas variedades autóctones da região, nomeadamente na cobrançosa e da verdeal, em que a sua colheita é realizada nos finais de dezembro. No entanto, fomos ouvir a opinião de vários produtores e agricultores da região, e saber qual é o impacto que esta última chuva poderá ter, na produção. As opiniões são diferentes.
A chuva que começou a cair nos últimos dias poderá ter algum impacto na produção de azeite, que este ano se prevê que tenha uma quebra de produção na ordem dos 20%, em relação ao ano passado.
Mas as opiniões dos agricultores na região são diferentes, quanto a este tema.
Artur Aragão, de 55 anos, produtor de azeite e proprietário de um lagar privado, em Alfândega da Fé, garante que pouco ou nada se vai refletir, mas que à árvore, a chuva trará muitos benefícios:
Já Vítor Gomes, de 29 anos, agricultor do concelho de Vila Flor, com produção em várias aldeias, com 25 hectares, acredita que é bem vinda:
Do concelho vizinho, de Alfândega da Fé, José Almendra, de 51 anos, teve a produção praticamente anulada pelos incêndios, no entanto a opinião é que a chuva não terá impacto, mas é sempre bem vinda:
Já quanto à produção destaca uma quebra e explica porquê:
Já a opinião do presidente da Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros, Luís Rodrigues, refere que é bem vinda, dando já indicação que vai haver quebra na produção:
A chuva começou a cair no domingo e prevê-se que até ao final da semana haja precipitação.
Este ano prevê-se uma quebra na produção, na ordem dos 20 por cento. Este ano na primavera a flor da oliveira ficou queimada, em várias zonas da região, por causa dos dias de calor intenso, que chegaram, repentinamente, após vários dias com temperaturas pouco próprias do passado mês de maio, ou seja, baixas.
Fotografia: Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros