O Ministério Público acaba de anunciar no seu site oficial, que o Tribunal Judicial da Comarca de Vila Real, pronunciou para julgamento um arguido, ao que apurámos o padre Humberto Gama, imputando-lhe a prática de um crime burla qualificada, de um crime de usurpação de funções de um
crime de violação e de um crime de coação sexual.
Segundo a nota publicada esta sexta-feira, o Tribunal considerou “suficientemente indiciado” que o arguido, “após ter sido expulso como sacerdote da Igreja Católica, desde meados de 1979 até dezembro de 2021, continuou a apresentar-se e a vestir, quer no seu dia-a-dia, quer nas
consultas que dava como “padre” e como “padre exorcista” pertencente à Igreja Católica, inclusivamente em programas televisivos, com expressão nacional.
Segundo o MP, no âmbito da sua atividade de padre exorcista “recebia clientes que acreditavam que o arguido era padre e dos quais recebia contrapartidas financeiras”.
O Tribunal também considerou “suficientemente indiciado” que o arguido, no âmbito da atividade de exorcista, aconselhamento e orientação espiritual recebeu, em dezembro de 2021, no consultório da sua habitação, situado no concelho de Murça, “duas vítimas que ali se deslocaram acreditando que arguido era padre da Igreja católica”.
O MP acrescenta que, relativamente a uma das vítimas, “aproveitando-se do facto desta se encontrar vulnerável psicologicamente, e após a colocar num estado como que de inconsciência”, o arguido “praticou com a vítima atos sexuais”.
Relativamente a outra vítima, e noutra ocasião do mês de Dezembro, o arguido “constrangeu-a a suportar contactos forçados no seu corpo”, conclui a nota do MP.
Humberto Gama chegou a ser candidato a presidente da Câmara de Mirandela, nas autárquicas de 1993, nas listas do PS, no mesmo ato eleitoral em que o seu irmão, José Gama, venceu com maioria absoluta pelo PSD.
INFORMAÇÃO CIR (Escrito por Rádio Terra Quente)
Fotografia: TVI

