Vai aguardar o desenrolar do processo na prisão militar de Tomar, o cabo da GNR que exercia funções no destacamento Territorial de Mirandela, detido pela Polícia Judiciária, na passada quinta-feira, “fortemente indiciado pelos crimes de falsificação de documento, falsidade informática e peculato exercidas no âmbito do exercício das suas funções policiais”, refere a PJ em comunicado.
O militar de 45 anos foi ouvido, em primeiro interrogatório judicial, na sexta-feira no tribunal de Vila Flor, e foi-lhe aplicada a medida de coação mais grave, prisão preventiva.
Segundo uma nota publicada no site da Procuradoria Geral-Distrital do Porto, o Tribunal considerou “fortemente indiciada a prática, pelo arguido, de dez crimes de peculato, dez crimes de falsificação praticada por funcionário e dez crimes de falsidade informática”.
Adianta ainda que, considerando verificados “os perigos de continuação da atividade criminosa, de perturbação grave da ordem e tranquilidade públicas e de perturbação do decurso do inquérito ou da instrução do processo o Tribunal decretou a aplicação, ao arguido, da prisão preventiva”, esclarece.
Segundo a PJ, o militar da GNR desenvolveu os referidos atos ilícitos, no decurso da atividade de fiscalização das infrações previstas no Código da Estrada e na tramitação dos respetivos processos de contraordenação.
Os elementos apurados “indiciam que o militar não terá procedido ao registo formal e ou terá falsificado diversos autos de contraordenação, apropriando-se de valores correspondentes a coimas pagas pelos infratores, causando prejuízo ao erário público”, acrescenta o comunicado.
INFORMAÇÃO CIR (Escrito por Rádio Terra Quente)

