Uma viagem à música popular de referência do Rio da Prata, aos estilos do tango argentinos foi a proposta do concerto “Tango em Guitarra”, integrado no festival “Magos da Guitarra”, que pisou o palco esta sexta-feira, do Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros.
Quem assistiu ficou maravilhado:
“Amei, muito. Estou hoje a chegar a Macedo de Cavaleiros. Venho morar em Portugal. E estou maravilhada. Conhecia muito pouco mas gostei imenso”, contou Paula Zirndorf.
“Gostei. Gosto muito dessas músicas e chamou-me a atenção, afirmou Cândida Magalhães.
“Há muito concerto bom, e penso que não podemos perder oportunidade de ouvir quando alguém se expressa, com tanta vontade. Seja em qualquer lugar. Foi uma noite maravilhosa, pequena mas maravilhosa”, destacou Marlene Ferezin.
O concerto teve em palco os guitarristas argentinos Ramón Maschio e Mariano Gil, músicos há mais de 20 anos, com um reportório clássico, com viagens sonoras a Carlos Gardel, Ángel Villoldo (El Choclo), aos mais contemporâneos com Astor Piazzolla, mas também com composições próprias.
O músico Mariano Gil é a segunda vez que pisa palcos transmontanos, no âmbito deste festival, e destaca que é sempre um bom momento:
“Foi muito bonito o concerto de acaba de terminar, para mim sobretudo. O meu colega Ramón, sim já viveu em Portugal e conhece mais. Mas vir a Portugal é sempre uma experiência nova. Gosto muito. É a segunda vez que tocamos no festival Magos da Guitarra. As pessoas estavam muito contentes e próximas. Agora no final do concerto, estivemos a falar com algumas pessoas que ficaram e foi uma experiência muito bonita. Só faltaram os bailarinos. O tango, como outras expressões populares distinguir-se pela dança, música e encanto. Nós decidamos-nos ao tango instrumental. Às vezes fazemos atuações com bailarinos”, disse Mariano Gil.
O festival “Magos da Guitarra” terminou neste fim de semana, com um balanço positivo, este que já vai na quarta edição, e que se assume como o “maior festival de guitarras do país”, com um total de 17 concertos, em 12 municípios, como assume Rui Fernandes, programador da produtora organizadora do festival DE MI PARA SI:
“O mais significativo é nós assinalarmos este ano, com o boom do festival. Trazendo para esta região, grandes músicos, mostrando capacidades técnicas e de auditórios, para trazer grandes eventos, que poderiam estar aqui ou em Lisboa, Porto ou em Madrid. Portanto, só posso fazer um balanço positivo. É uma política de descentralização da cultura. Eu chamo a atenção, porque foi um gosto que eu tive, de ouvir o Nuno Rogério, dizer exatamente isso. Este é um evento que não acontece nos grandes centros mas acontece, em Trás-os-Montes. Sim é preciso descentralizar. E mostrar que nós em Trás-os-Montes temos boas salas, receber bons concertos, e temos a obrigação, eu enquanto programador, potenciar e de mostrar e trazer, espetáculos que eventualmente, que o nosso público não tem acesso quanto isso. Eu só posso estar contente com esta edição, que também já estava com as últimas. E conseguir que sejam 17 concertos em 12 municípios, é muito bom”, destacou Rui Fernandes.
O próximo evento da produtora no território será o festival “Oito Mãos, Monumentos com Música Dentro”, que contará com a sua oitava edição, e que vai decorrer de maio a setembro, com a presença de um quarteto de acordeões, em Macedo de Cavaleiros, ainda com data a anunciar.
Em 2009, o tango foi elevado à categoria de Património Oral e Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
Escrito por Rádio ONDA LIVRE
Oiça aqui a peça:





