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No âmbito das eleições para os órgãos sociais do Clube Atlético de Macedo de Cavaleiros, um dos sócios, pondera impugnar o ato eleitoral marcado para o próximo dia 30 de maio de 2025.
Desde o início do ato eleitoral que a Rádio ONDA LIVRE está acompanhar o processo, desde a sua receção de candidaturas, que tinham de ser formalizadas até ao dia 31 de março de 2025, ou seja, na passada segunda-feira.
A Mesa da Assembleia Geral do Clube recebeu duas propostas, uma liderada por Diogo Costa, que já cumpriu um mandato, de dois anos, e ainda uma liderada por Rui Fernandes.
Tanto quanto sabemos, ontem decorreu uma reunião, da Mesa da Assembleia Geral, com o objetivo de analisar a legibilidade das duas listas, para o ato eleitoral. Depois dessa reunião, foi publicada uma comunicação aos sócios que refere o seguinte: encontrando “uma situação de pagamento de quotas é dúbia e como tal a mesma não foi aceite”. E ainda “a lista B, com base no regulamento eleitoral, segundo o artigo 3.9, alínea 4, tem um prazo de 48 horas para corrigir a situação, substituindo o elemento e reapresentar a lista candidata corrigida à mesa”.
Neste sentido, Rui Pacheco, sócio do Clube Atlético de Macedo de Cavaleiros pondera impugnar o ato eleitoral marcado para dia 30 de maio de 2025, referindo que “sei que uma impugnação de umas eleições pode comprometer o futuro do clube , uma vez que fica em causa toda uma planificação e preparação de uma época. As verbas atribuídas pelo município poderão ser retidas ou adiadas tudo isto porque a marcação de uma nova assembleia para decidir um novo ato eleitoral e a sua marcação demora o seu tempo “
Segundo Rui Pacheco, sócio há 25 anos “este ato eleitoral por culpa de terceiros está envolto de polémica porque o poder político se quis envolver e acrescenta “que numa primeira fase vou contestar a validade da lista B candidata exigindo junto da mesa da assembleia a elegibilidade de todos os que compõe as 2 listas e que a substituição de um elemento de uma lista viola o regulamento e os estatutos”. “A substituição de um novo elemento é surgir uma nova lista. A mesa da assembleia é responsável por este ato eleitoral e tem de ter a coragem de fazer cumprir os regulamentos e estatutos, em último caso reger-se pela lei geral.
O mesmo diz: “se a minha contestação não criar efeitos, e em caso de aceitação da lista irregular segundo o meu ponto de vista e de vários juristas que consultei, irei avançar para a impugnação das eleições. Não é da minha responsabilidade, as falhas nas constituições das listas e a incompetência de quem as constitui. Os responsáveis deste ato eleitoral tem de ter a coragem de avançar com o ato eleitoral, mas sempre de acordo com os estatutos, pois esses sobrepõem-se a qualquer regulamento.
E ainda adianta: “o nome do Clube Atlético volta a ficar manchado com tanta suspeição e atitudes dúbias. São os responsáveis deste ato eleitoral os únicos responsáveis por hipotecar o futuro do clube. Não pertenço a nenhuma lista. Tenho as minhas preferências”.
Por fim diz “é lamentável, mesmo vergonhoso, quando ainda faltam dois jogos para terminar o campeonato e ainda temos uma taça a disputar , elementos afetos a listas tentarem destabilizar os jogadores, equipa técnica com pedidos de apoio, entre outros. Neste momento queremos paz e tranquilidade pois temos ainda objetivos a cumprir.
A RÁDIO ONDA LIVRE tentou obter esclarecimentos junto dos três intervenientes, o presidente da Mesa da Assembleia Geral, com várias tentativas de contacto, assim como ao líder de uma lista, desde as 10h30 desta manhã, mas sem sucesso.
Entretanto conseguimos chegar à fala com um deles. Diogo Costa, o atual presidente destaca que esta decisão é uma decisão alheia à direção, como clarifica:
“Essa é uma decisão completamente alheia à direção, é um órgão independente, que é a Mesa da Assembleia Geral, que tem a obrigação e o dever e o direito de conduzir este processo. Analisou, deliberou e decidiu. Agora, é claro que os sócios também têm uma palavra a dizer. Qualquer sócio que sinta que o processo eleitoral não está a ser bem conduzido, pode reivindicar essa situação. Eu gostava que ficasse claro é que a direção está alheia a esta decisão e a minha lista que eu lidero, também. Nós não temos nada a ver com isso. E até posso adiantar que a pessoa em questão, é uma senhora que sempre ajudou o clube. Sempre se disponibilizou para colaborar com o clube, independentemente de estar fora ou dentro da direção. A nossa realidade é essa. As pessoas que ajudam não precisam de estar na direção. E normalmente são as que não fazem parte que mais ajudam. É um casos desses. Uma senhora que sempre nos deitou a mão, quando foi necessário. Mas não é isso que está em questão. O que está em questão é a decisão da Mesa da Assembleia. Relativamente a um sócio reivindicar seja o que for, está no seu direito. Não há muito que eu posso adiantar em relação a isso”.
E ainda acrescenta:
“Sei que se pensarmos bem é o clube que está a perder com isso. Portanto, é uma situação lamentável. A mim deixa-me triste toda esta situação. O Clube está ainda a disputar o campeonato e a Taça da Associação de Futebol de Bragança, precisávamos de tranquilidade e infelizmente não é o que está a acontecer”.
As declarações de Diogo Costa, atual presidente do clube e líder de uma das listas a concorrer às eleições do clube.
Escrito por Rádio ONDA LIVRE