A AFI – Apoio Familiar e Intergeracional, uma associação sem fins lucrativos, localizada em Bragança, adquiriu um espaço, no Mercado Municipal da cidade, e que pretende transformar em duas lojas sociais, uma alimentar e outra de vestuário. Mas para já, não pode abrir portas, por falta de equipamentos.
Ajudar quem mais precisa é o que pretende a AFI, um projeto que nasceu em setembro de 2024, para apoiar famílias vulneráveis, combater o desperdício e promover a inclusão. Agora a ideia é abrir duas lojas sociais para dar uma melhor resposta à população, mas neste momento precisam de donativos para avançarem com o plano.
“Fisicamente já temos as lojas, já recebemos as chaves, só que não podemos abrir porque não temos o material necessário. Na loja alimentar, neste momento estamos a precisar de dois frigoríficos transparentes, ou seja, que as pessoas possam ver o que é que está dentro, para também proteger os alimentos, porque abrir e fechar ou deixar o frigorífico aberto não estamos a respeitar o tempo de frio e quente dos alimentos. Portanto, precisamos de dois frigoríficos transparentes e uma arca congeladora também transparente. E depois é tudo que é estantes, prateleiras, porque vamos receber também de parceiros frutos e legumes frescos”, conta Sandra Pernet, presidente da AFI.
Na Loja Social Alimentar, serão disponibilizados gratuitamente alimentos básicos, frutas ou legumes frescos. Parte dos produtos virá de parcerias com supermercados, que vão permitir recuperar excedentes alimentares, reforçando também a sustentabilidade.
Já a Loja Social de Vestuário vai disponibilizar roupas e acessórios a preços simbólicos, entre um e 10 euros, ajudando a financiar a aquisição de artigos em falta e garantindo que nenhuma pessoa ou família fique sem apoio. Já quem for encaminhado por instituições parceiras terá acesso gratuito ao material.
“Aqui o que vamos fazer é mesmo uma loja em que as pessoas podem vir e, perante aquilo que a gente tem, podem escolher, podem provar, porque vamos ter um provador, e levar aquilo que necessitam. As pessoas que nos são indicadas pela Câmara, pelas instituições com quem nós temos parceria, vão ter acesso às roupas gratuitamente. Mas vamos ter as pessoas que podem colaborar, pagarem um euro simbólico, podemos ter, por exemplo, um carrinho de bebé a 10 euros simbólicos. Porque assim esse dinheiro também nos vai permitir, que caso chegue uma mãe que diga, que vai ter um filho e que precisa de um carrinho, nós naquele momento podemos não ter esse dinheiro e esses euros simbólicos vão ser injetados diretamente numa caixinha da loja para comprarmos o material ou roupa que nos faltar.”
Mas para equipar estes dois espaços, a AFI apela à solidariedade da comunidade e das empresas, pedindo a doação de equipamentos. Além de bens materiais, são igualmente aceites donativos monetários, que serão aplicados na totalidade na concretização do projeto.
“Estamos a fazer a apelo a todas as empresas, assim como a pessoas privadas, que nos possam ajudar a adquirir material, ou se quiserem fazer uma doação [monetária], porque se faltar material e nos derem algumas doações também o podemos ir comprar”, explica Sandra Pernet, que adianta que quem quiser apoiar basta contactar a AFI ou dirigir-se às instalações.
Neste momento, o espaço necessita ainda de intervenção, como demonstram as fotografias enviadas pela presidente da associação, que deseja abrir as lojas o mais rápido possível.



O projeto AFI – Apoio Familiar e Intergeracional é uma associação teve início há praticamente um ano, em Bragança. O espaço social agrupa várias valências, como o Espaço Mamã e Bebé, Unidade Parental, Espaço Infantil e Intergeracional, Espaço Social e Espaço Jurídico.