XXI edição do Raid Ibérico esgota limite de participações

A XXI Edição do Raid Ibérico, organizado em conjunto pelo Aeroclube Bragança (ACB) e a Fundacion Cielos de Léon, de Espanha, decorre até hoje.

São mais de 50 elementos, divididos por 30 aeronaves, com um sentimento comum: a paixão pela aviação civil.

A vontade de voar, de descobrir cantos e recantos de Portugal e Espanha e a ânsia de participar nos convívios aeronáuticos esgota todos os anos o número máximo de lugares, como refere o presidente do ACB, Nuno Fernandes:

“Este Raid é sempre feito com portugueses e com espanhóis, e é muito concorrido, porque tem uma lista de espera muito grande, com muitas pessoas que gostavam de vir, mas temos lugares limitados, para 55 participantes, e 30 aviões e não podemos aceitar mais gente, gostaríamos que sim.

A primeira etapa do raid começou domingo, em Turuel, Espanha, e foi até Villamarco. O grupo seguiu depois até Vila Real. No entanto, devido às condições meteorológicas, os aviões não puderam levantar voo:

“Gostaríamos muito de voar, porque geralmente de manhã voamos e depois, durante o dia, conhecemos as terras, conhecemos a cultura, a gastronomia e acabamos por não poder voar por causa da meteorologia”, acrescenta o presidente.

Vicent Cordier, presidente da Fundacion Cielos de Léon, diz que está orgulhoso da união que o evento criou entre Portugal e Espanha:

“Podemos estar muito orgulhosos da união que se criou, entre Espanha e Portugal. Desde o início que as pessoas acarinharam o evento, e hoje em dia, este enlace peninsular que se desenvolveu tem grandes resultados e um reconhecimento, em toda a península.”

Vicent refere que o evento é uma boa publicidade para os dois países:

“O evento é uma boa publicidade para Portugal, da mesma forma que é para Espanha, e para os portugueses que vão até à outra ponta de Espanha. Este ano, começou no aeródromo de Igualada, na província da Catalunha, e foi verdadeiramente uma oportunidade única.”

Artur Caracol tem 91 anos e é o participante mais velho da iniciativa, que conta é uma paixão de criança, mas como não tinha habilitações literárias para concorrer à força aérea, não pude desistir. Aos 39 anos, entrei no curso de pilotagem do Aeroclube de Portugal. As primeiras aulas teóricas aconteceram no dia 24 de abril de 1974. Claro, que no dia seguinte já não houve aulas, deu-se a Revolução dos Cravos.”

Rosamaria é de Ourense e tem pena de não ter voado por Vila Real: “esta zona é muito bonita e deu-me muita pena não ter podido voar.”

Em cada local de paragem o grupo tem programas sociais, que incluem visitas a locais de interesse cultural, paisagístico ou patrimonial. Experimentam também a gastronomia característica do território visitado.

Hoje decorre a última etapa que leva os participantes a Bragança, onde este ano encerra o programa.

INFORMAÇÃO CIR (Escrito por Universidade FM)
Fotografia: Aero Clube de Bragança