O Secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, está a realizar um périplo pelas zona afetadas pelos incêndios deste verão, tendo ontem visitado, Pinhel, Mêda, Penedono e também Torre de Moncorvo.
Os encontros estão a ser realizados, com os autarcas e também as associações de bombeiros locais.
A última visita de ontem, foi a Moncorvo, que teve duas freguesias em risco, nomeadamente, Carviçais e Mós, em que foram consumidos mais de 5 mil hectares.
Desta forma, o autarca de Torre de Moncorvo, José Meneses, relembra que é preciso ajuda, e que o relatório do município já está terminado:
“Bom, nós já temos o levantamento feito daquilo que foi a tragédia do dia 15 de agosto até ao dia 18. Foram três dias, três dias e meio de incêndios. Temos basicamente à volta de 200 pessoas identificadas com prejuízos. Foram duas freguesias, nomeadamente Carviçais e Mó, que foram atingidas. Carviçais ardeu quase 80% do território, ou seja, é uma área muito grande. Foram 5.300 hectares de área ardida, sendo que há à volta de 1.500 área agrícola. O que vai ser complicado para uma série de pessoas que viu os seus rendimentos, de facto, diminuírem, ou serem praticamente nulos. E muitas dessas pessoas até vivem da própria agricultura, o que tornará ainda mais difícil.
Claro que o município vai estar sempre na linha da frente para tentar mitigar qualquer situação mais complicada.”
E por isso espera uma resposta célere do governo, de ajuda financeira, quer para os bombeiros quer para o próprio município:
“Mas esperamos, de facto, uma resposta também rápida do próprio poder Central. Temos essa informação destas primeiras candidaturas com até 10 mil euros, no qual o nosso gabinete florestal também já submeteu mais de 40%, e queremos que até ao final do mês de setembro estejam todas prontas. Claro que são muitas candidaturas e levam sempre o seu tempo. E queremos também do seu ministro hoje que haja aqui uma compensação aos próprios bombeiros voluntários, ao município, que também teve bastantes despesas, nomeadamente com as máquinas de rasto. Para ver se é possível que eles cometerem também estas situações. Vamos tentar, vamos falar com eles, nós estamos abertos. Espero que também o senhor secretário de Estado venha com essa mentalidade aberta de poder ajudar o território.”
Recorde-se cerca de 5 mil e 300 hectares foram dizimados pelo fogo, que começou no dia 15 de agosto, que começou em Poiares, no concelho de Freixo de Espada à Cinta, e que se alastrou aos concelhos de Torre de Moncorvo e de Mogadouro.
O Secretário de Estado da Proteção Civil visita hoje Freixo de Espada à Cinta, Guarda e Oliveira do Hospital.
Fotografias: Município de Torre de Moncorvo

