Foi aprovado o empréstimo de médio e longo prazo, superior a dois milhões de euros, solicitado pela Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros.
Pretende-se que os investimentos sejam realizados em todas as aldeias do concelho. Isto porque, segundo o presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, o foco neste momento, são as obras no mundo rural.
“Estamos a falar essencialmente de arruamentos, pequenas obras como, por exemplo, os taludes que foram falados aqui, são questões de ordem pública, de segurança pública e outros pequenos objetos, por exemplo calcetamentos em ruas, um deles, foi dada aqui a informação, de que vai avançar, que era uma reivindicação muito antiga. Temos outra, por exemplo, que é de abastecimento de água e saneamento e também pavimentação em Chacim”, afirmou o autarca Benjamim Rodrigues. Também requalificações de edifícios públicos, fazem ainda parte deste pacote.
O empréstimo foi aprovado na última Assembleia Municipal de Macedo de Cavaleiros, na passada segunda-feira, onde o autarca se mostrou indignado pelo facto de ter sido questionado pela oposição de o porquê deste empréstimo não ter sido solicitado mais cedo, e porquê de agora à última hora, e ainda pelo Tribunal de Contas ter procedido a um aditamento ao contrato, de alteração do prazo de 15 para 10 anos.
“A mim só me revolta esta situação porque politicamente custa-nos. Quando de facto houve toda a transparência e toda a celeridade no processo, e vocês perceberam agora nesta explicação que foi dada, que há aqui várias tranches que foram o objeto de negociação e aquela que criou mais obstáculos, que foi a mudança do investimento a 10 anos. Estamos a falar de uma tranche de 35 mil euros, é ridículo. É assim, é uma revolta muito grande que eu tenho, porque de facto todos estes condicionalismos, por burocracias, por pareceres do Tribunal de Contas, colocam em cheque todo um concelho”, rematou.
Ainda durante a Assembleia Municipal, Isabel Carvalho, técnica superior na área da contabilidade, do município, foi solicitada para esclarecer o que motivou esta alteração do prazo do empréstimo.
“O executivo, o presidente e os restantes membros decidiram reduzir o tempo do empréstimo, mas só para deixar claro aqui uma situação. Primeiro, o valor de todas as obras é superior ao valor do empréstimo. Segundo, investimentos a 50 anos temos um total de 160 mil euros. Investimentos a 20 anos temos um total de dois milhões 97.355 euros. Já para os 10 anos, como o Tribunal de Contas solicitou, temos investimentos de 35 mil euros”, explicou.
O empréstimo de medio e longo prazo até ao montante 2.176.317,16 euros foi aprovado por maioria com quatro votos contra. Servirá para canalizar investimentos para áreas que são prioritárias para as juntas de freguesia.