Carlos Cunha candidata-se pela quinta vez, ao cargo de presidente da câmara, porque acredita que é uma alternativa em defesa da população macedense, pretende dar acesso à água e saneamento de uma forma justa. Quer criar uma rede de transportes públicos municipais alargada, com preços acessíveis e adequado às mobilidades da população. E garantir o acesso, à Albufeira do Azibo, sem restrições ou de forma condicionada, por «regulamentos abusivos».
Carlos Cunha tem 70 anos, é empresário na área de serralharia mecânica, natural dos Cortiços, Macedo de Cavaleiros. Candidata-se pela quinta vez, pela CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV), porque acredita que é uma alternativa em defesa da população macedense.
Um dos assuntos que critica são as más condições das acessibilidades rodoviárias na cidade e em algumas aldeias e inúmera quais são os problemas que encontra no concelho:
“Temos aqui várias. Em termos de acessibilidades, em Macedo temos várias situações. É preciso concluir os arruamentos na zona industrial. A primeira rua de acesso principal não está concluída, desde que foi feita. Depois temos a ligação do Porfrançal, que vai lá em cima da rua Padre Luciano António Costa para Travanca. A construção dos passeios do lado direito da rua D. Abílio Vaz das Neves, que vai dar ao lar Afonso. Nunca foram feitos. Que não se admite, numa entrada ou saída da cidade, os peões têm que andar no lado esquerdo. Outra situação é repavimentação da estrada municipal que liga Castelões a Vilar do Monte, tal como da estrada nacional que faz ligação de Pinhovelo à Estrada Nacional 216. E temos também a rua via oeste, aquela via, onde há uma ponte, que vai dar à GNR. Aquela rua também não está grande coisa. E temos uma estrada, na altura quando andaram a colocar o tapete, o betiminoso, na 102, que vai dar do Pontão de Lamas a Celorico. E depois temos a 102.1 que é a que vai ali do cruzamento, até Vimieiro, à Nacional 15. Há ali três quilómetros, de Carrapatas a Cortiços. Só fizeram até Carrapatas. Até aos Cortiços não tem. Está péssima. Tem muito movimento, com camiões de carga, porque ali há uma pedreira. Está péssima, para andarem ali os carros. Andam lá com remendos mas não tem lógica nenhuma. Sei bem que não é da competência da câmara, que é uma estrada a cargo da IP. ”
Uma das medidas do seu programa eleitoral, é a valorização da agricultura, afirmando também que é preciso passar do projecto para a realidade, a construção da Barragem do lado nascente do concelho, porque a água é a base de toda a agricultura. Por isso, defende este sector com espírito colectivo, valorizador e com políticas que protejam pequenos agricultores e agricultura familiar:
“A agricultura sempre foi um sector prioritário aqui no nosso concelho. Embora haja serviços e alguma indústria. A agricultura para ela ser rentável, tem de ser tratada em espiríto colectivo. A base fundamental da agricultura é á agua. Temos a parte do canal feita, que é a parte sul, não é verdade. Só uma percentagem é que usa a água. Se somos um país, que precisa de alimentação, que exporta cerca de 60% para nós comermos. Porque não se há-de dar apoio à agricultura ? Mas não é só na parte da água, também dos abubos, eletricidade, etc. O agricultor precisa de apoio para que possa fazer concorrência aos produtos que produz.”
Outro assunto que critica é a transformação do Mercado Municipal, que deixou de ter a sua função inicial de escoação dos produtos, e por isso não concorda, com a obra de um investimento de mais de dois milhões de euros:
“Tinhamos aqui o mercado, que foi feito com o objectivo de escoar os produtos endógenos, que são de qualidade, que vinham diretamente do agricultor para aqui. E agora não têm. Houve a reconstrução do espaço.
Eu considero que devia estar com as directizes iniciais. E era importante mantê-lo.
Eu não tenho bem a certeza do que se passou sobre o projeto do mercado. E depois tinham que criar as condições para irem para lá. E pelo que eu vejo, só há lá lojas e as bancas não existem, câmaras frigoríficas também não. E mais havia lá um gabinete veterenário, que as pessoas iam, para a vacinação dos animais domésticos, sobretudo em dias de feira. Não existe. Não sei porque é que acabaram com isso. E quem matou aqui o mercado, foi a construção do hipermercado que ali existe ao lado.”
Também salienta a falta de mão-de-obra, para ser um motor de atração para a indústria:
“Também há um problema : é precisa mão-de-obra e aqui não há. E quem quer investir aqui, não tem razões para se fixar. O fundamental hoje é mão-de-obra. Se não houver gente aqui, é muito difícil a indústria vir para cá.”
Outra ideia deixada na grande entrevista que fez com a Rádio ONDA LIVRE é garantir o acesso, à Albufeira do Azibo, sem restrições ou de forma condicionada, por «regulamentos abusivos»:
“As pessoas falam por causa da taxa de um euro. Considero que devia ter sido um estudo mais aprofundado. Mas há situações nesse regulamento mais caricatas. Condiciona a maneira de vestir das pessoas, não se pode levar uma merenda, não tem lógica nenhuma. Parece que estamos antes do 25 de abril. As pessoas não vão para lá nuas. E uma merenda para as pessoas levarem e poderem comer, é esseencial numa praia.”
O candidato defende acesso à habitação, trabalho e saúde, com políticas de incentivo de fixação de jovens. Outra ideia que deixou, é o acesso à água e saneamento de uma forma justa. Quer criar uma rede de transportes públicos municipais alargada, com preços acessíveis e adequado às mobilidades da população.
Pode ver a entrevista completa aqui: