Os autarcas de Torre de Moncorvo e Alfândega da Fé estão preocupados com a falta de médicos nos centros de saúde dos sues concelhos.
Em Torre de Moncorvo, o director do Centro de Saúde faleceu recentemente e um dos médicos não se encontra ao serviço devido a questões internas com a Unidade Local de Saúde do Nordeste, o que faz com que dos cinco médicos deste Centro de Saúde, apenas três estejam ao serviço.
A situação pode piorar, uma vez que um dos médicos que está a trabalhar tem férias marcadas para Dezembro.
O autarca Local, Nuno Gonçalves, refere que esta situação causa constrangimentos mas, garante que a ULS está empenhada em encontrar uma solução.
A falta de médicos faz com que o horário das consultas abertas esteja a ser reduzida. Nalguns dias da semana, a partir das 5 da tarde não há este tipo de consultas que serve para atender casos urgentes.
O presidente do Conselho de Administração da ULS Nordeste, António Marçôa, admite que desde há três meses que o Centro de Saúde de Torre de Moncorvo atravessa uma situação difícil e a que a solução agora encontrada, que passa pela ida de médicos de Vila Flor e Mirandela a este Centro de Saúde, não é definitiva.
Espera-se que esta situação fique resolvida em Março do próximo ano, altura em que a Unidade Local de Saúde do Nordeste pretende contratar mais um médico.
Entretanto, o médico que está suspenso, deverá regressar ao serviço no dentro de um mês.
Também em Alfândega da Fé, a falta de médicos tem vindo a causar constrangimentos. A presidente do Município lamenta que este problema se tenha vindo a arrastar nos últimos anos e ainda não haja solução à vista.
Quanto aos problemas denunciados pela autarca de Alfândega da Fé, António Marçôa considera que a resposta que está, neste momento, a ser dada pela Unidade Local de Saúde se adequa à realidade local.
A falta de atractividade do interior do país que faz com que os médicos não queiram fixar-se nestas zonas é um problema que tem vindo a afectar também a Unidade Local de Saúde do Nordeste. Para tentar colmatar o problema do envelhecimento do corpo médico, outro problema que afecta esta entidade de saúde, a ULS pretende abrir vagas para cinco médicos de família nos próximos 5 anos.
Informação CIR (Rádio Brigantia)


