A limpeza das margens do rio Onor foi o ponto alto do festival que aconteceu na aldeia Rio de Onor, concelho de Bragança. É um trabalho que acontece várias vezes durante o ano, pelos habitantes e, este ano, os festivaleiros puderam participar. O comunitarismo é praticado na aldeia desde que Mariano Preto se lembra, apesar de reconhecer que já não é igual:
“A nossa aldeia sempre teve, e tem ainda, a tradição do comunitário, trabalhávamos e semeávamos tudo em conjunto, no fim do dia comíamos a merenda todos juntos. Depois na década de 90, as pessoas deixaram de trabalhar assim, mais ainda continua a tradição, como limpar o rio todos juntos, mas já não é a mesma coisa.”
Para quem também já não é novidade a limpeza do rio, é para Sara Pinto, que já viveu na aldeia. Agora, o festival é só mais um pretexto para voltar onde sempre foi muito bem acolhida:
“Gosto muito da aldeia, das pessoas que vivem cá e com o festival é mais um motivo para voltar, as pessoas são muito acolhedoras e qualquer pessoa que venha cá é sempre acarinhada por todos e integrada nas tarefas da aldeia.”
A tradição do comunitarismo tem passado de geração em geração e agora são os jovens que querem que as tradições não morram. Pedro Preto tem os seus avós na aldeia de Rio de Onor e acredita que o festival é importante para transmitir a cultura que lá se vive:
É importante o pessoal que vem para o festival também conhecer as nossas culturas e as nossas tradições, não só a gaita-de-foles transmontana, o comunitarismo, os caretos, a filandorra, que é o careto feminino e a vara da justiça.”
Os gaiteiros não poderiam faltar ao Festival d’Onor, nem a ronda das adegas, em que a população convida as pessoas a entrarem nas suas adegas para provarem o seu vinho e conviverem em família.
Foto: Rádio Brigantia
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)