Apesar do aumento do número de vagas de acesso ao ensino superior no próximo ano, o Instituto Politécnico de Bragança mantém o mesmo número que no ano anterior. São cerca de duas mil e 600 vagas para licenciaturas, duas mil para estudantes nacionais. Os cursos de gestão e saúde são os que têm mais procura, mas aumentar a oferta é impossível, já que há limitações em termos de infraestruturas e docentes, explica o presidente do IPB, Orlando Rodrigues:
“Neste momento não conseguiríamos porque temos as nossas instalações no limite. Estamos com dificuldade de ampliar as nossas instalações, até face ao número de alunos que temos atualmente. O nosso financiamento também está limitado. Temos que nos ajustar ao que é a nossa capacidade em termos de orçamento e infraestruturas mantendo esta luta e fazendo pequenos ajustes”.”
De acordo com Orlando Rodrigues, o Politécnico de Bragança continua a ser das instituições de ensino superior mais subfinanciadas e devido à inflação o cenário até piorou:
“Somos uma das instituições que está mais subfinanciada face ao número de alunos que tem e face à atividade que desenvolve. Portanto, esse panorama mantém-se e até se tem agravado um pouco porque tem havido um aumento dos custos resultantes da inflação e tem havido aumento dos salários e felizmente que os têm havido mas ainda não temos a compensação para esses aumentos”.
Prevê-se que no próximo ano letivo os politécnicos já possam atribuir doutoramentos. O IPB espera conseguir abrir três, dois relacionados com o Centro de Investigação de Montanha e um com o Centro de Investigação em Digitalização e Robótica Inteligente.
Segundo a lista divulgada com o número de vagas, grande parte dos cursos do IPB teve uma diminuição para o próximo ano. Só em Informática e Comunicação, Farmácia, Ciências Biomédicas Laboratoriais, Educação Básica, Engenharia Informática e Engenharia de Energias Renováveis tiveram um aumento das vagas em relação ao ano anterior.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)