Tem em vindo a aumentar o número de consultas de hepatologia na Unidade Local de Saúde do Nordeste.
A especialidade, que se destina ao acompanhamento de utentes com doenças do fígado, só o ano passado registou mais de três mil consultas, das quais 545 foram primeiras consultas e 2463 consultas de seguimento, que permitiram acompanhar cerca de 850 utentes.
A equipa de hepatologia da ULS do Nordeste conta atualmente com três médicos especialistas em medicina interna, dois no hospital de Bragança e um no de Mirandela.
Fazem o acompanhamento de doentes com doença hepática crónica relacionada com o álcool, hepatites víricas, doença hepática esteatósica, doenças vasculares hepáticas, doenças hepáticas de etiologia autoimune e tumores do fígado.
Desde de maio de 2021 que a ULS do Nordeste dispõe de um equipamento que permite avaliar o grau de fibrose e quantificar o grau de esteatose hepática, um exame não invasivo e indolor, que permite um resultado imediato, e que antes tinha de ser efetuado em outras unidades de saúde.
A equipa dá também apoio aos doentes dos Estabelecimentos Prisionais de Bragança e Izeda, infetados com hepatite B e C, indo ao encontro destes utentes.
Asseguram ainda o apoio à população seguida no Centro de Respostas Integradas de Bragança (CRI).
Em 2018 foi criado o Grupo Hepatológico Transmontano, em parceria com o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, que, em rede, desenvolve um trabalho de diagnóstico e tratamento das doenças hepáticas, o que permite tratar mais doentes na região, rentabilizando os recursos disponíveis nas duas unidades de saúde.
Numa nota enviada às redações, a ULS do Nordeste sublinha que “o reconhecimento precoce de doença hepática permite esclarecer, de forma adequada, a origem da mesma, tratá-la de forma correta e evitar a sua progressão para cirrose e complicações associadas, que estão, muitas vezes, na origem de elevada morbimortalidade e de internamentos prolongados, com elevados custos em saúde.
Escrito por ONDA LIVRE