O Bloco de Esquerda considera que a decisão de alterar o helicóptero do INEM, sediado em Macedo de Cavaleiros, por uma aeronave maior “é errada” e que “apenas vem acentuar negativamente o serviço de emergência médica na região”.
Por entender ser uma medida que está a prejudicar a população, o Grupo Parlamentar do partido enviou uma pergunta ao Ministério da Saúde, questionando acerca do conhecimento desta alteração, quais os motivos e justificação.
A deputada bloquista na Assembleia da República, Isabel Pires, considera que este é mais um flagelo para uma região que já tem outras carências no que à saúde diz respeito:
“Estamos a falar de uma zona do país que sabemos que já tem problemas acrescidos por ser o interior mais profundo do nosso país e é incompreensível esta decisão e escolha por parte do Governo.
Existe um equipamento, no caso do helicóptero, que funcionava e troca-se por um que não pode ser utilizado para os hospitais, nomeadamente de Bragança e Mirandela, mas também de Massarelos, no Porto, que são aqueles mais utilizados pelo helicóptero do INEM situado em Macedo de Cavaleiros.
Não se compreende o que levou o ministério a fazer esta alteração. Estamos a falar de uma zona que já é prejudicada por outros motivos, também na área da saúde, até pelas distâncias longas de que estamos a falar muitas vezes, que são necessárias em situações de emergência.”
O Bloco quer saber também se o modelo de helicóptero e as condições dos heliportos foram avaliados pelo Governo no concurso público:
“Queremos acreditar que tenha existido essa avaliação, mas considerando o que se está a passar, precisamos de esclarecimentos do Governo para saber se foi bem feita e, se existiu, então o porquê da alteração do modelo do helicóptero, se sabiam que ele não poderia ser utilizado, por exemplo, em Bragança e Mirandela.
Não conseguimos compreender e esperemos que a resposta venha o mais rapidamente possível.”
Com estas questões, o Grupo Parlamentar do Bloco quer perceber também se há possibilidade de reverter a situação e voltar a colocar na base de Macedo de Cavaleiros um helicóptero adequado aos serviços a que se destina:
“É com perplexidade que assistimos à conclusão deste concurso público, daí termos feito estas várias questões ao ministério, para podermos perceber até se existe alguma possibilidade de haver aqui alguma alteração a isto, pois não se justifica.”
Na mesma pergunta enviada ao Governo, o Bloco de Esquerda questiona ainda quais as razões para o heliporto do Hospital de Mirandela não ter condições de segurança para a aterragem em período noturno e se está prevista alguma intervenção para reverter a situação.
Escrito por ONDA LIVRE