O bacalhau continua a ser o rei da Confraria do Azibo.
Este ano cumpriu-se uma vez mais a tradição e 27 homens de várias gerações participaram no 31º encontro.
– “Sim, mais uma vez conseguimos reunir cerca de 27 pessoas. Logo de manhã tomamos o pequeno-almoço com as conservas de sardinha e atum, para não comermos carne para mantermos a tradição cristã que é fazer o dia de jejum e a abstinência. Depois disso anda tudo à volta dos jogos populares e tradicionais, o fito, a sueca, o chincalhão para nos divertirmos e ocupar o dia todo.”
Tudo começou por um grupo de homens do Bairro da Alegria mas estende-se neste momento a outros amigos de outras zonas da cidade.
– “Isto começou com uns amigos daqui do bairro, no entanto, outros amigos foram-se também juntando.
O batismo acaba por ser só o molhar a cabeça com a água do rio Azibo.”
Vocês cumprem a tradição e acabam a vossa festa com uma merenda de bacalhau.
– “Sim, fazemos uma salada de bacalhau com o bacalhau que sobra do almoço e acaba assim a nossa festa em grande.”
Orlando Maravilha de Azevedo e Manuel Carvalho foram os organizadores como tradição desta confraria. Os homens divertiram-se, as mulheres ficaram em casa.
– “É assim, isso nunca foi proposto mas quem sabe um dia isto se venha a alargar ao sexo feminino. Nós fazemos as compras necessárias para o encontro, e depois fazem-se as contas por todas as pessoas que aparecerem.”
Uma tradição que se vai manter para o ano?
– “Sim, esperamos mantê-la para o ano, só se o FMI nos apertar mais o cinto. Aos que participaram, que são os resistentes, obrigado por terem aparecido, por terem feito que a tradição não se perdesse. Aos que não vieram e que não poderam vir esperamos que venham e participem para que esta tradição não se perca.”