Já começaram a ser despedidos alguns técnicos de análises clínicas de laboratórios privados, no distrito de Bragança.
Os trabalhadores do sector dizem que é uma consequência da internalização do serviço por parte da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste.
O representante da comissão de trabalhadores diz que a medida está a deixar em pânico muitos funcionários sendo que já estão a surgir as primeiras vítimas.
“Já começaram a acontecer os primeiros despedimentos porque não além de não termos utentes, por serem obrigados a fazer as análises no hospital, a ULS não nos tem pago desde Agosto do ano passado”, refere Alexandre Costa, salientando que “ainda não sabemos ao certo quantos trabalhadores foram despedidos mas já acontecem em laboratórios de Bragança, Mirandela e Torre de Moncorvo”.
Além dos despedimentos, outros laboratórios já foram obrigados a reduzir o ordenado dos técnicos em cerca de 20%.
“Isso acontece no laboratório onde eu estou a trabalhar e sei que pelo menos noutro, em Bragança, também está a acontecer”, adianta. “Nós já tínhamos alertado para a probabilidade de isto vir a ocorrer por causa da implementação destas medidas e agora já o estamos a sentir na pele”, lamenta.
Alexandre Costa garante que, depois do Verão, os trabalhadores vão voltar a protestar pois temem que se a situação piorar possa haver despedimentos colectivos.
“Há algumas pessoas de férias e não tem sido fácil organizarmo-nos, mas a intenção é voltarmos à rua”, garante. “Primeiro alertámos que esta situação ia causar muito sufoco nos laboratórios privados e que era inevitável haver despedimentos, redução de salários ou até encerramentos e agora está na altura de voltar à rua”, acrescenta.
Contactado pela Brigantia, o presidente do conselho de administração da ULS Nordeste, António Marçoa, não quis comentar esta situação.
Escrito por Brigantia (CIR)