A retirada do Helicóptero do INEM de Macedo de Cavaleiros vai tornar o acesso à saúdo deficitário no Nordeste Transmontano.
A convicção é do Coordenador da Comissão de Saúde da Assembleia Municipal de Macedo de Cavaleiros, José Madalena.
De referir que o Helicóptero localizado em Macedo de Cavaleiros serve três distritos.
Bragança, Guarda e Vila Real.
José Madalena não está convencido dos argumentos que o responsável pelo INEM alega para justificar a saída do meio aéreo de emergência da região e mostra-se apreensivo perante esta decisão.
O coordenador frisa que não teve conhecimento de quaisquer estudos que suportem a decisão de Soares de Oliveira.
“O presidente do INEM disse que há estudos que suportam esta decisão, que será mais vantajoso para um maior número de pessoas o facto de deslocalizar o helicóptero para Vila Real, o que é facto é que eu nunca vi nada, vejo é algumas afirmações contraditórias no que diz respeito a este tema. Até que me demonstrem que há vantagens na deslocação para Vila Real, temos que lutar pelo que é nosso, pelos direitos que foram adquiridos como o socorro aéreo que servia zonas isoladas”, frisa o responsável. ” Este helicóptero servia três distritos, Bragança, Vila Real e a Guarda. O helicóptero fazia uma correta cobertura da zona norte. Parece que o Presidente do INEM não vê isto desta forma e tenho pena que não mostre os estudos que suportam a decisão dele”, argumenta, José Madalena.
Recordo que o presidente do INEM disse que “com a atual base situada em Macedo de Cavaleiros, o número de população situada num raio de 10 minutos de voo é de 45 mil habitantes, e com o helicóptero em Vila Real, este número é de mais do dobro, ou seja, de 100 mil pessoas”.
Ou seja, para Miguel Soares de Oliveira, esta é a solução encontrada para garantir “uma resposta em tempo adequado e que maximiza a resposta rápida a um maior número de pessoas”.
Argumentos que não convencem, José Madalena, que frisa que o que está em causa é a resposta que até hoje era exequível e que sem o helicóptero é impensável.
“Toda a região de Vila Real e arredores, as pessoas que precisarem de socorro são mais rapidamente assistidas pela Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do que pelo helicóptero, não creio que esse argumento tenha muita validade. Sabemos que nas cidades e arredores a VMER é muito mais eficaz do que o helicóptero, tenho muitas dúvidas sobre se esta decisão foi bem ponderada. Naturalmente é uma medida de minimização, mas o que está em causa é que não importa apenas o transporte dos doentes para um hospital polivalente, neste caso Vila Real, como é importante a chegada da equipa médica. Nós aqui tínhamos garantido a chegada de uma equipa médica em cerca de um quarto de hora até à região mais remota do distrito”, que para José Madalena, “garantia um socorro eficaz. Salvou muitas vidas ao longo destes dois anos e meio, quase três. Situações críticas, em que o tempo é decisivo”, salienta.
Ainda que provisoriamente, o Helicóptero vai manter-se em Macedo de Cavaleiros, até à decisão final sobre a providência cautelar interposta há cerca de um mês pelas 12 Câmaras do distrito de Bragança.
Escrito por Onda Livre