Tarifas da água reduzidas em Trás-os-Montes

A fusão das quatro empresas de água e saneamento do Norte, entre elas a Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, é vantajosa para os municípios do distrito de Bragança.

O Governo prepara-se para avançar com esta medida, que é bem vista pelos autarcas que defendem a redução da factura para os munícipes.

É o caso da presidente da Câmara de Alfândega da Fé, Berta Nunes, que lembra que a população do Nordeste Transmontano paga cerca de três vezes mais pela água e saneamento do que alguns cidadãos do litoral.

“Isso traz vantagens para todos os municípios de Trás-os-Montes, porque o que se está a passar neste momento é que as autarquias estão a pagar às Águas uma tarifa que é a maior do País e isso obriga-nos a um esforço muito grande, teríamos que cobrar taxas maiores aos nossos munícipes e isso está a fazer com que se acumulem prejuízos, porque estamos a tentar não aumentar as águas no valor que as águas de Trás-os-Montes nos estão a aumentar a nós”, constata Berta Nunes.

A autarca defende a uniformização das tarifas em todo o País.

“Não faz sentido haver taxas diferentes no País, estando os munícipes de Trás-os-Montes a pagar a tarifa mais alta quando o rendimento per capita em Trás-os-Montes está abaixo da média nacional”, defende a autarca.

O problema é que o retorno dos investimentos em sistemas de água e saneamento é mais lento em Trás-os-Montes, mesmo com tarifas mais elevadas do que no resto do País.

“O retorno desse investimento é muito mais difícil no interior com pouca população do que no litoral e por isso no litoral as empresas são rentáveis com tarifas mais baixas e a ATMAD não é rentável, nem nunca será, senão temos que avançar para taxas proibitivas”, afirma Berta Nunes.

As autarquias transmontanas concordam com a fusão das empresas de águas e saneamento, para que as tarifas sejam reduzidas.

Escrito por Brigantia (CIR)