A Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros está de boa saúde financeira e recomenda-se.
A declaração é do atual presidente da direção da instituição que encabeça a lista A para o ato eleitoral marcado para domingo.
Após uma década sem manifestação eleitoral, o dirigente diz que tal não aconteceu porque não há descontentamento associativo.
Desde 2005, o número de sócios aumentou em cerca de 400.
Há 13 anos na Cooperativa, Luís Rodrigues recandidata-se às eleições para o próximo triénio, apresenta uma candidatura de continuidade e orgulha-se de liderar uma casa com uma boa estrutura financeira.
“Não houve manifestação associativa porque os nossos sócios perceberam que está tudo a correr bem e quando as coisas correm bem, quando eles são bem tratados, quando não há problema nenhum, as coisas correm normalmente e por isso não houve eleições.
“Isto é um plano que já vem de há uma serie de anos. As pessoas não sabem, não conhecem a história da cooperativa. Durante 10 anos foram ali investidos centenas de milhares de euros na remodelação de equipamentos, de armazenagem. Tem sido um processo lento, caro mas que está a dar os seus frutos”, garante.
Luís Rodrigues salienta que “para potenciar os produtos temos feito uma remodelação a nível de equipamentos que é fundamental para dar resposta a todos os produtos que, felizmente, vamos recebendo. Nos últimos cinco anos tivemos um acréscimo de mais de 400 sócios novos. Ninguém os chama, eles vão de livre vontade, é sinal que confiam nas pessoas e no nosso projeto”.
“A cooperativa está bem e recomenda-se”, assegura. “Temos feito um equilíbrio financeiro, não é o que nós queremos porque toda a gente sabe a conjuntura do mercado financeiro. Podemos dizer, com algum orgulho, que não devemos nada a nenhum fornecedor. Não temos empréstimo nenhum, temos uma conta caucionada numa entidade bancaria que resolve os problemas do dia-a-dia.
É um orgulho para nós também poder dizer isso, quando nem sequer um metro quadrado da cooperativa está hipotecada porque a garantia é dos diretores.”
Luís Rodrigues diz que o azeite que sai da Cooperativa é dos melhores a nível nacional.
Este ano a extração ronda os 420 mil quilos.
Conseguir aumentar a capacidade de resposta para a produção de azeite é um dos desafios a que se propõe.
“A parte comercial é a mais difícil de implementar porque a guerra é no mercado.
Estamos a trabalhar nisso, queremos a marca, é um trabalho nosso (tanto do vinho como do azeite), a marca já está registada. Não se tem conseguido valorizar porque o mercado é terrível, não adianta dizer às pessoas, consumam este produto porque é melhor, e ele é muito melhor. Podemo-nos gabar de ter os melhores lotes a nível nacional. Há um bom trabalho que começa logo no agricultor, eles tem a quota-parte deles e têm-se portado muito bem nisso. Nós temos conseguido dar resposta, melhor ou pior, este ano foi fácil porque (infelizmente) a quantidade de azeitona produzida não foi muita. Teremos que fazer uma aposta diferente para aumentarmos a capacidade de extração e não haver o problema do ano passado, que houve bastante azeitona acumulada e à espera para ser trabalhada.”
Em relação à notícia que saiu no jornal local, o Guerra Zoelae, que especula sobre o real salário mensal de Luís Rodrigues, apontando que poderá ronda os três mil euros, o atual presidente da Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros reage assim.
“Vi outro dia num jornal, o Zoelae, na primeira pagina vinha uma aberração de todo o tamanho. Dizia assim: “é verdade ou não que o presidente da cooperativa custa aos sócios três mil euros por mês?”
“Por um lado dá-me vontade de rir, por outro fico um pouco triste mas saindo de onde sai não me admira nada. As pessoas deviam-se preocupar em saber a verdade, em segundo a diretora desse jornal faz parte de uma lista adversaria e devia ter mais cuidado e ter um pouco mais de ética profissional”, frisa.
“Não é esse o meu salário eu recebo como funcionário. As pessoas não sabem, isso só demonstra a sua ignorância, não sabem como aquilo funciona porque os órgãos socias da cooperativa não são remunerados, eu não recebo como presidente, como todos os outros que fazem parte dos órgãos sociais. É bom que as pessoas tenham um pouco mais de cuidado em vez de andarem a intoxicar que procurem a verdade”, sustenta.
Após dez anos sem atos eleitorais, os cerca de 1800 sócios efetivos poderão exercer o direito de voto, este domingo.
O ato eleitoral decorre entre as 10h da manhã e as 17h da tarde.
Escrito por Onda Livre