Processo da Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé arquivado

O processo de investigação levado a cabo pela Polícia Judiciária na Cooperativa Agrícola de Alfandega da Fé foi arquivado.

Motivado por três queixas anónimas que denunciavam alegada gestão danosa nesta estrutura, este processo obrigou a eleições antecipadas na Cooperativa, depois de os membros da anterior direcção terem renunciado ao cargo na sequência do clima de suspeitas que foi criado em torno da instituição.

Um ano depois do início do processo, o actual presidente da direcção, que na altura também colocou o lugar à disposição, mas acabou por voltar a candidatar-se devido a um vazio eleitoral, assegura que o resultado deste processo não poderia ter sido outro.

“Como era óbvio e esperado por todos, o processo iniciado no ano passado pela Polícia Judiciária à Cooperativa, tendo por base as denuncias anónimas feitas a esta instituição, decorreu dentro da normalidade. Sempre transmitimos uma palavra de tranquilidade aos nossos associados, porque nós também estamos de consciência tranquila e o nosso trabalho está à vista de todos. Colaborámos em tudo o que pudemos nesses investigações, até que ultimamente soubemos do arquivamento dessas denúncias anónimas”, esclarece Eduardo Tavares.

Eduardo Tavares sublinha que toda esta situação causou prejuízos à Cooperativa e aos associados, porque a demissão da direcção levou à suspensão dos negócios durante seis meses.“O certo é que durante os primeiros seis meses de 2012 não vendemos azeite, não estivemos nos mercados e isso fez com que perdêssemos oportunidades de negócio que mais tarde se traduziram em dificuldades para vender o azeite e garantimos por isso um preço mais baixo aos agricultores do que seria de esperar”, lamenta o presidente da direcção.

 Há seis anos à frente da Cooperativa, Eduardo Tavares diz que não compreende um ataque desta natureza a esta estrutura agrícola, numa altura em que a dívida passou de cerca de 1 milhão e 200 mil euros, em 2003, para pouco mais de 600 mil euros, no ano passado.“Quando nós temos este trabalho por trás, que está bem alicerçado, numa recuperação económica da Cooperativa. Em 2003, esta casa estava à beira da falência com dívidas descontroladas aos associados, à banca e aos fornecedores, e houve um grupo de pessoas que conseguiu reestruturar a Cooperativa. E passados seis anos de termos diminuído o passivo para quase metade, eu pergunto porque é que há gente descontente e isso leva-nos a pensar que poderá haver outros interesses”, afirma Eduardo Tavares.

A Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé tem, actualmente, cerca de 800 associados.

 

Escrito por Brigantia (CIR)