Manutenção é cada vez mais improvável

 

Uma primeira parte dominadores e uma segunda parte em que foram dominados.

É assim que se pode resumir o jogo deste sábado entre o Grupo Desportivo Macedense e o Póvoa Futsal.

A formação de Macedo perdeu em casa por 6-2.

Um resultado expressivo que não espelha o trabalho dos jogadores macedenses na primeira parte, já no segundo tempo o adversário distinguiu-se pela experiência e pela eficácia em campo.

O primeiro golo da partida surge do pé de Leonardo jogados 5 minutos da segunda parte e o empate surgiria logo de seguida, num lance que mereceu alguma contestação.

Patrik foi uma baixa sentida neste encontro.

Quem não marca habilita-se a sofrer e em dois minutos o Póvoa faz o 3-1.

O técnico, Fernando Oliveira frisa que o Macedense dominou a primeira parte da partida, mas no segundo tempo não encontraram o equilíbrio necessário para segurar a vantagem.

 

microfone

“Nós até conseguimos estar na frente do marcador, dominamos o jogo na primeira parte. Na segunda parte não conseguimos dominar mas até iniciar a marcha ao marcador foi para nós, depois é a tal desconcentração que tem que se treinar, tem que se melhorar esses pormenores. É a segunda vez que estamos na frente do marcador e nos deixamos surpreender. Em poucos minutos eles passam para a frente do marcador e depois criou-se uma instabilidade na equipa porque foram lances duvidosos que ditaram o desfecho da partida. Procuramos equilibrar o jogo mas não conseguimos, fomos infelizes. Temos que trabalhar no treino para procurar essa felicidade.”

 

Com a chegada do quinto elemento chegam mais três golos para o Póvoa e mais uma vez é notória a ineficácia desta aposta.

 

microfone

“Foi uma falha por nossa culpa porque a situação do quinto elemento é uma situação de risco, procuramos equilibrar o jogo. Eu não pedi o tempo de desconto na segunda parte porque quis fazer o quinto elemento desprender a equipa adversaria, acabaram por fazer um golo e ficou 3/2. Em vez de equilibrarmos o jogo quase sentenciamos a partida. Essa é uma situação de risco mas podíamos fazer mais. No momento em que perdemos a bola nós podíamos a ter intercetado, houve uma certa passividade dos jogadores porque quando perdemos a bola devíamos ter feito logo pressão. Aquela bola não era para se deixar rematar porque a baliza está sem um elemento, até para dar tempo para recuperar a posição.”

 

Perante isto, Fernando Oliveira pede aos adeptos para apoiarem a equipa até ao último minuto.

 

microfone

“Nós estávamos a perder 3/1 mas o público estava entusiasmado, nós metemos o quinto elemento e toda a gente fez silêncio, acho que a voz que se ouviu mais no pavilhão foi a minha. Não é bom porque se um jogo está quente tem que continuar quente e o próprio público arrefeceu o jogo. Foi tudo culpa nossa, criamos uma passividade que não nos permite pressionar a bola. Peço que no futuro quando se meter o quinto elemento o público não seja o primeiro a desacreditar. Na pior das hipóteses sofremos um golo mas na melhor nós equilibramos a partida. Peço ao público para nos dar esse incentivo, para não desmoralizar logo porque os jogadores tem talento, eles trabalham essa situação e acredito que no futuro nós possamos vir a ser felizes com essa situação.”

 

Faltam nove jornadas para findar a competição da II Divisão Nacional, série A em Futsal e a despromoção está cada vez mais evidente para o GDM.

Ainda assim, Fernando Oliveira pede aos atletas para continuarem a dignificar a camisola.

 

microfone

“Não nos interessa neste momento, até pela situação em que estamos, pensar nessa situação. Temos que pensar jogo a jogo, a despromoção é a coisa mais certa que temos. Ainda faltam nove jornadas, vamos encarar cada jornada como se fosse uma final, ir ganhando alguns pontos porque este clube merece, o público merece, os jogadores merecem porque trabalham arduamente nos treinos. Vamos conseguir ganhar alguns jogos. O Póvoa é o quinto classificado e não é muito diferente do Macedense, tem mais experiência e tem a situação da tabela classificativa. Eles estão em quinto e nós estamos em último. Nós tentamos vencer os jogos mas nos momentos decisivos a experiência vem ao de cima.”

 

E porque o rio corre sempre para o mar, o técnico é imperativo ao dizer que a arbitragem favorece os que estão melhores classificados, e em caso de dúvida prejudicam os que estão na cauda da tabela.

 

microfone

“Quando nós sonhamos é tudo contra nós. Se nós não estivéssemos nesta situação na tabela classificativa estes erros não aconteciam. Nós andamos a primeira parte a pressionar e não nos foi marcada nenhuma falta, na segunda parte a marcação estava mais baixa foram marcadas faltas que condicionaram o jogo e que não foram faltas. A equipa do Póvoa procurou as faltas, o árbitro foi apitando e isso condicionou o jogo. Em situações de vantagem, a bola claramente saiu fora para o banco onde eu estava, o árbitro deixou seguir a bola e surgiu um golo, isso criou instabilidade na equipa. Nós não estamos bem e os árbitros condicionam a partida, em caso de dúbio sai sempre a favor da equipa que está mais bem classificada porque nós somos os últimos e prejudicar os últimos não há problema enquanto se for uma equipa com outros objetivos sentem que estão a lesar o jogo. Nós sabemos disso mas esperamos que nos próximos jogos a dualidade de critérios não exista, que sejam criteriosos que é para isso que estão a exercer a função e nós vamos procurar fazer a nossa parte do trabalho e acreditar que isso não vai voltar a acontecer.”

 

O Técnico do Póvoa Futsal, Pedro Amorim admite a superioridade do Macedense na primeira parte e fala num resultado demasiado dilatado.

 

microfone

“O Póvoa tem que se dar por satisfeito por ter ido com 0/0 na primeira parte, o Macedense foi superior, foi melhor, trabalhou mais do que nós. Na segunda parte, mesmo com as limitações que o Póvoa tinha (quatro jogadores que eram a base da equipa, nenhum jogou) embora isso não seja desculpa para nada, jogamos como treinamos e fomos superiores ao Macedense. O resultado é exageradíssimo, um ou dois golos de diferença era o resultado mais justo para as duas equipas.”

 

Pedro Amorim sublinha que contava que o adversário apostasse no quinto elemento e que trabalhou este esquema, e acredita que sábado o Macedense deu a machadada final para a despromoção.

 

microfone

“Já antes tinha acontecido. Somos das únicas equipas da II Divisão que defendem o 5 para 4 assim, em 2/2, já conhecíamos como o Macedense joga. Sabíamos que o Macedense também estava limitado porque o bom jogador Patrik não jogou, é um jogador que finaliza bem o 5 para 4. Nós treinamos bem durante a semana este sistema porque sabíamos como é que eles jogaram. Sinceramente acho que exageraram muito no 5 para 4, na minha opinião ainda bem que o fizeram. É normal, quando os resultados não aparecem. O Macedense no ano passado com uma equipa muito parecida a esta lutou pela subida, este ano as coisas não tem corrido bem. Eu tenho pena porque eu representei este clube durante dois anos e deixei muitos amigos nesta terra. Tenho pena que o Macedense hoje tenha dado a machadada final e não vá conseguir manter-se na II Divisão, é mesmo com muita pena que digo isto. Acabou o futebol 11, o futsal desce, é pena porque esta terra merece um clube nas II divisões.”

 

Em jogo da jornada 17, o Macedense perdeu em casa frente ao quinto classificado, o Póvoa Futsal.

 

Escrito por Onda Livre