O bacalhau continua a ser indispensável na longa tradição da Confraria do Azibo.
Este ano com mais chuva não se puderem realizar algumas das atividades.
30 Homens de várias gerações estiveram presentes para celebrar a Sexta-Feira Santa em conjunto.
Orlando Azevedo, um dos organizadores deste evento, fala da tradição e da ementa que a Confraria do Azibo já pratica há vários anos neste dia.
“Cumprindo a tradição cristã, hoje é um dia de jejum e abstinência, cumprimos a tradição de não comer carne. Costumamos levar para o rio, mas hoje por causa do tempo não foi possível, tivemos que encontrar uma solução de recurso. Costumamos levar conservas de sardinhas e de atum para o pequeno-almoço, o almoço é bacalhau assado e do que sobra aproveitamos ao final do dia para fazer uma salada de bacalhau.”
Neste dia reúnem-se vários homens de várias gerações.
Muitos emigrantes regressam à sua terra Natal para este convívio.
“Há pessoas que passam o ano a pensar neste dia porque é um dia de grande amizade, onde se reúnem pessoas que quase não se vêem durante um ano inteiro. Chega este dia e nós não ligamos a ninguém, não marcamos quantas pessoas eram, acabaram por aparecer 30 pessoas sem sabermos quantos iam ser. Eles sabem que têm que ser, é Sexta-Feira Santa, chegam aqui e dizem estamos cá, fazem a sua presença. Eles aproveitam vir à Páscoa à terra, estão deslocados, para participar nesta tradição.”
Orlando Azevedo refere que nunca há marcações.
Para estes homens é um dia de grande alegria.
“Esta tradição começou há cerca de 30 anos, um grupo de irmãos que se reunia e iam pescar para o rio, entretanto há cerca de 12/13 anos a esta parte eles resolveram abrir o convívio a mais pessoas, foi nessa altura que eu comecei a vir e a participar neste evento. Desde essa altura eu e o Sr. Manuel começamos a organizar, compramos todos os alimentos e tudo aquilo que é necessário, no final do dia fazemos as contas e dividimos pelas cabeças. É um dia de grande diversão.”
A Confraria do Azibo espera para o ano voltar a cumprir a tradição já com muitos anos.
Escrito por Onda Livre