A chuva e o vento forte que se fizeram sentir nos últimos dias levaram a que o Cais Fluvial da Albufeira do Azibo se movesse.
Um dos cabos que segura a plataforma, para apoio às atividades náuticas e parque de merendas, ter-se-á partido.
Foi necessária mais de uma hora de trabalhos debaixo de água para colocar o Cais Fluvial da Albufeira do Azibo no seu lugar.
A Onda Livre acompanhou a missão da reposição do cais no lugar correto, que esteve a cargo da equipa de mergulhadores dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros.
O responsável pela manutenção da Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo, Joaquim Paradela explica os trabalhos que foram realizados.
“O que levou à deslocalização do cais foi a muita água que se fez sentir nos últimos dias e o vento. Tiveram que vir cá os Bombeiros, a equipa de mergulho dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros, para chegar ao fundo da barragem e substituirmos o cabo que estava partido a meio”, conta o responsável.
“Estamos a fazer a manutenção que se faz todos os anos, das tábuas dos parafusos. Esta parte do cais, do parque de merendas, tem muito movimento de pessoas a fazerem mergulho, embora não seja aconselhável fazerem mergulho neste sítio porque é muito fundo e não tem vigilância”, sugere.
Joaquim Paradela diz ainda quais os materiais que suportam o Cais Fluvial e revela que as rodas de ferro que o seguram foram furtadas há duas semanas.
“O cais está assente numas plataformas de cimento ocas por dentro, tem umas poitas de cimento que talvez, cada uma, tenha uma tonelada, têm três de cada lado que estão no fundo da água e estão suspensas ao cais através de cordas, cabos e cadeados”, explica.
Joaquim Paradela acrescenta que, “a deslocação do cais não provocou qualquer dano na plataforma. Foram furtados da entrada da plataforma movível umas rodas, rodas essas, que umas eram de borracha e tinha outras de ferro. As de ferro foram-se mantendo até há duas semanas, acabaram por roubar uma delas e outra encontra-mo-la no caminho”, revela.
Com grande esforço e valentia quatro homens da equipa de mergulhadores dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros entraram nas águas do Azibo e mergulharam a 12 metros de profundidade.
Um dos mergulhadores foi José Valdemar, e sustenta que a maior dificuldade foi a falta de visibilidade e as baixas temperaturas da água.
“Tivemos muito trabalho. As principais dificuldades que encontramos foram a visibilidade e o frio, estavam seis graus”, expressa o bombeiro após sair das águas do Azibo.
José Valdemar destaca que, “vale sempre a pena o esforço, e é para isso que trabalhamos”, concluiu.
Após mais de uma hora de operações debaixo de água, esta terça e quarta-feira, o Cais Fluvial da Albufeira do Azibo está de novo no lugar.
Escrito por Onda Livre