Será o bom tempo sinónimo de bons negócios?
Esta é uma pergunta à qual procuramos obter resposta junto dos comerciantes de Macedo de Cavaleiros.
A chegada do calor e do sol estimula o negócio e anima a população para ir às compras, mas não é suficiente.
Os comerciantes dizem que o bom tempo cativa as pessoas para o pequeno comércio, no entanto, é notória uma preocupação em poupar dinheiro.
“Aumentou um bocadinho. As pessoas compram mais, apetece mais ver, gostam e compram”, sublinha Paula Angélico.
Inês Machado refere, “eu acho que aumentou, se bem que o grande problema do negócio neste momento é a crise não o tempo mas é claro que o tempo também ajuda. As pessoas vendo o sol, estão de bom humor e tem vontade de comprar. Isto acontece porque há poucos jovens, poucas coisas para fazer, que ir visitar, que conhecer, para as pessoas daqui, para as pessoas que vem de fora sim mas para as de cá não. Quando uma pessoa sai ao fim-de-semana vai para a barragem, para Mirandela, para Bragança.”
“Muito pouco, não há dinheiro”, diz, Fernando Teixeira.
“Aumentaram um bocadinho. As pessoas andam mais bem-dispostas e claro que o sol contribui para isso. Apesar disto estar fraco mas o sol ajuda bastante”, refere Cidália Arratel.
Os comerciantes não vivem um período próspero em negócios e também eles são fustigados pela austeridade.
Quanto ao que deveria ser feito para avivar o comércio a opinião é consensual.
Atrair jovens e voltar a apostar no ensino superior na cidade.
Paula Angélico sugere: “Podiam criar infraestruturas para desenvolver o comércio em Macedo. O Piaget, excursões, divulgar o Azibo, essas coisas.”
“Eu sou do tempo do Piaget, acabei o meu curso em 2004, e já nessa altura acho que eu e os meus colegas dávamos muita vida a Macedo. Deixando morrer o Piaget acabam com o movimento. Acho que deviam existir mais incentivos para trazer mais estabelecimentos de ensino”, constata Cidália Arratel.
“Faz mesmo falta nesta cidade um bom instituto educativo, um Piaget, um IPB, uma coisa qualquer que traga gente, que traga jovens porque a seguir a isso vem o resto. Havendo jovens, movimento, gente, as pessoas abrem negócios e se calhar até infraestruturas comunitárias, se calhar o cinema funcionava melhor se houvesse mais gente, não tarda também fecha”, sustenta Inês Machado.
Opiniões dos comerciantes de Macedo de Cavaleiros numa altura em que o sol brilha, já o negócio parece continuar cinzento.
Escrito por Onda Livre