Leque em risco por falta de apoio da Segurança Social

A Leque, em Alfândega da Fé, está em vias de fechar respostas sociais de apoio a pessoas com necessidades especiais.

A presidente da associação, Celmira Macedo, justifica as dificuldades da instituição com a falta de apoio da parte Segurança Social.

“A Leque enquanto instituição não fecha nem pode fechar. O que pode, eventualmente, fechar dentro da associação são as repostas sociais que desenvolve, sobre tudo aquela que tem a ver com o centro de atendimento e animação para pessoas com deficiência que acolhe 30 utentes. A falha do apoio da Segurança Social põe em causa a continuidade desse serviço”. Celmira Macedo mostra-se descontente com a resposta que recebeu da parte da Segurança Social. “Enquanto me disseram que não havia cabimento orçamental eu fiquei em silêncio porque o país está numa situação difícil. Agora, dizerem-me que é porque somos inovadores e empreendedores aqui não me consigo calar. Vamos ser penalizados por sermos empreendedores?”

Contactado pela CIR , o diretor do Centro Distrital de Bragança da Segurança Social, Martinho do Nascimento, justifica a não atribuição do apoio a esta associação, com o facto de a Leque não se enquadrar nos regulamentos actuais para a área da deficiência.

 “Porque não se enquadra naquilo que é o manual e de facto não são respostas tradicionais no âmbito da deficiência. Sobre o acordo com a Leque na verdade é que a Segurança Social não falhou nenhum acordo com a Leque. O que acontece é que nesta fase a Leque não tem se quer, nunca teve, um acordo com a Leque.

O que significa que se não tem acordo não há falha. A Leque iniciou a sua actividade há cerca de três anos e até hoje não temos qualquer acordo de cooperação com a Leque”.

A Associação garante, no entanto, outros apoios, como o centro de férias e o refeitório solidário, que são financiados por entidades privadas.

 

 

Escrito por Brigantia (CIR)